A participação de Marine Le Pen, líder do partido nacionalista francês Frente Nacional, na Web Summit provocou várias reações negativas que levaram a organização do evento a retirar o convite à líder partidária.
Uma das pessoas que reagiu a esta decisão foi Isabel Moreira que defendeu outras formas de combater o fascismo que não a proibição da expressão individual.
Num texto publicado na sua página do Facebook, a deputada socialista recorda que a “Constituição proíbe organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista”, mas que “não proíbe a expressão individual do pensamento racista ou fascista” até porque, sublinha, tal “proibição significaria que a nossa lei fundamental teria continuado a censura do regime anterior”.
Face ao exposto, Isabel Moreira defende que “se há racistas e fascistas por aí a usar da sua liberdade de expressão, o que devemos e podemos fazer é usar da nossa”.
“Lutar com a força da palavra, exercer coletivamente a indignação que y ou x nos provocam. Recusarmo-nos a frequentar lugares que os acolham . Não compactuar com a normalização de quem advoga o fascismo, o racismo ou, by the way, o sexismo ou a homofobia. É assim que os expulsamos. Não com censura, não com péssimas invocações da Constituição”, conclui.