"O Governo [Regional] e o PS sentiram que, perante a nova liderança do PSD/Açores, que defendeu e propôs essa medida, não podiam ficar para trás. Faz lembrar aquele aluno que está todo o ano sem estudar e a faltar às aulas, mas, quando percebe que pode chumbar, vê-se obrigado a dar tudo por tudo para o exame final", diz uma nota do PSD/Açores assinada pelo deputado Bruno Belo e hoje enviada às redações.
Os sociais-democratas açorianos sublinham que apresentaram no parlamento da região uma recomendação para que fosse aberto um processo negocial com vista à atualização da remuneração complementar e respetivos escalões, "recomendação essa que acabou rejeitada pela maioria absoluta socialista" no hemiciclo.
"Congratulamo-nos com este recuo e esta cedência do Governo aos parceiros sociais e ao PSD/Açores, confirmada com o anúncio da atualização em 12% da remuneração complementar, em 2019, mas é preciso falar a verdade e clarificar se os respetivos escalões serão atualizados", prossegue o PSD/Açores, para quem, com a nova liderança do partido, protagonizada por Alexandre Gaudêncio, o PS "entrou definitivamente em campanha eleitoral".
O presidente do Governo dos Açores anunciou na semana passada, em discussão sobre o Plano e Orçamento da região, que, em 2019, a remuneração complementar dos funcionários públicos na região vai aumentar em 12%, sendo reforçado, por essa via, "o rendimento das famílias".
"O Governo dos Açores vai aumentar a remuneração complementar dos funcionários públicos açorianos em 12%, reforçando, também por essa via, o rendimento das famílias. Também por proposta do PCP, o Governo dos Açores compromete-se, perante este parlamento e perante os açorianos, a reforçar em 2019 o complemento açoriano do abono de família em 06%, permitindo, dessa forma, o apoio reforçado às famílias açorianas, sobretudo àquelas que estão numa situação de maior fragilidade", anunciou o chefe do executivo socialista.
A proposta de Orçamento dos Açores para 2019, aprovada com os votos favoráveis do PS, mas também do CDS-PP e do PCP, tem um valor global de 1.604,8 milhões de euros e pretende ser um documento de "confiança" e "previsibilidade" no trajeto económico, refere o executivo regional.