O Executivo em funções sofreu a quarta remodelação devido, frisou o primeiro-ministro, à escolha de dois ministros para a lista do PS às eleições europeias.
Entre os três ministros conta-se Mariana Vieira da Silva. A nova ministra era, até aqui, secretária de Estado Adjunta e com a remodelação passa a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, substituindo Maria Manuel Leitão Marques.
A nova governante é, também, filha de José António Vieira da Silva, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Para André Ventura esta promoção é “apenas o corolário de um conjunto sucessivo de escândalos que tornam a Geringonça numa espécie de empresa familiar”.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, o líder do Chega – movimento que aguarda o visto do Tribunal Constitucional para ser formalmente um partido – lembrou o “casal de ministros” existente no Governo (Eduardo Cabrita, da Administração Interna, e Ana Paula Vitorino, ministra do Mar), bem como o “amplamente noticiado agregado familiar de Carlos César em posições de governação” e ainda o facto de António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ser irmão de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do Partido Socialista.
Para André Ventura “isto é vergonhoso, nomeadamente para o espírito republicano que estes senhores tanto apregoam”.
O jurista garante que “não está em causa o mérito ou a qualidade de cada um destes governantes”, mas defende que é “ostensivamente contra o espírito republicano e democrático que um Governo, seja de Esquerda ou de Direita, se dilua numa teia de relações familiares de vários tipos e dimensões”.
E, para rematar, garante que “se isto fosse num governo de Direita já havia pedidos de demissão e solicitações para a intervenção do senhor Presidente da República”.
Porém, “como é a Esquerda ‘caviar’ com os patriotas de Esquerda… está tudo normal”.