Em declarações aos jornalistas em Braga, Pedro Nuno disse que a manifestação contra o racismo e a xenofobia, após a intervenção policial que encostou dezenas de imigrantes contra a parede na Rua do Benformoso, em Lisboa, "foi uma das maiores manifestações" que a capital já conheceu.
Pelo contrário, acrescentou, a manifestação convocada por grupos da extrema-direita e pelo partido Chega "teve pouca gente".
"Acho que este dia mostra bem que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade, da segurança, mas da segurança efetiva, não é da de operações que são instrumentalizadas por governos ou por políticos, é da segurança, do policiamento de proximidade, da utilização das câmaras de videovigilância para nos proteger", referiu o líder socialista.
Sublinhou que a manifestação promovida por várias associações cívicas "não é contra ninguém, não é uma manifestação contra a polícia, não é uma manifestação contra a segurança e as políticas de segurança".
"Antes pelo contrário, é uma manifestação pelos valores do nosso país, da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da união do povo português, contra todas as tentativas de instrumentalização da polícia, de instrumentalização das forças de segurança e todos os discursos que visam dividir a população", sublinhou.
Pedro Nuno Santos acusou o Chega, o primeiro-ministro e o Governo de "instrumentalizarem" a polícia.
"Nós vimos isso da parte do Governo, mas vimos obviamente também do líder da extrema-direita e isso é mau para a polícia e é mau para os polícias serem usados e instrumentalizados pela extrema-direita. E o Governo cometeu esse erro também, e o primeiro-ministro cometeu esse erro de instrumentalizar e de se apropriar dos resultados das forças de segurança", rematou.
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