O Chega de André Ventura ainda não é formalmente um partido, pois o Tribunal Constitucional ainda não deu ‘luz verde’ à sua criação. Aliás, o processo sofreu um revés esta semana depois de os juízes do Palácio Ratton terem encontrado irregularidades no conjunto das assinaturas entregues por André Ventura – nomeadamente assinaturas pertencentes a menores de idade e a elementos das forças de segurança, o que não é permitido por lei.
Este episódio veio, assim, atrasar um processo que já por si só corre com algum atraso, uma vez que as eleições europeias são daqui a pouco mais de dois meses.
No entanto, apurou o Notícias ao Minuto, o Chega vai constar efetivamente dos boletins de voto em maio próximo. Isto porque, mesmo que o partido de André Ventura não seja formalizado a tempo de concorrer ao sufrágio europeu, o ex-vereador de Loures vai concorrer à mesma, mas por outra coligação.
Sabe o Notícias ao Minuto que, sem a formalização do Chega, a coligação entre o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) vai chamar-se Chega e o candidato será mesmo André Ventura.
Fonte próxima dos partidos referiu ainda que o anúncio está dependente da resolução do Tribunal Constitucional relativa ao partido do ex-social-democrata, mas existe uma forte probabilidade de que possa ser feito no decorrer da próxima semana.
Recorde-se que o Chega começou por ser um movimento dentro do PSD com vista à destituição do Rui Rio. Em rota de colisão com a estratégia política do líder social-democrata, André Ventura acabou por abandonar as fileiras 'laranjas' para formar o seu próprio partido com o objetivo de mudar o sistema político nacional que, considera, não serve os interesses dos portugueses.