PEV congratula-se com não avanço de construção da barragem de Fridão

O Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) congratulou-se hoje com a decisão de não avançar com a construção da Barragem de Fridão, sublinhando que é assim retirado "definitivamente o peso que pairava sobre a população de Amarante".

Notícia

© iStock

Lusa
16/04/2019 13:17 ‧ 16/04/2019 por Lusa

Política

Amarante

O ministro do Ambiente anunciou hoje no parlamento que a Barragem de Fridão, no rio Tâmega, não será construída e que "não há razões para a restituição de qualquer montante" à EDP.

Em comunicado, o PEV refere que esta decisão "constituiu uma vitória" do partido, acrescentando que a mesma "vai retirar definitivamente o peso que pairava sobre a população de Amarante de uma rutura da barragem".

"(...) e vai permitir que 120 famílias de Mondim de Basto possam dormir, a partir de agora, sossegadas, depois de 11 anos de angústia, pois ficaram assim a saber que a sua habitação não será submersa", sublinha o PEV.

"Os Verdes lembram que estes eram, entre muitos outros, alguns dos impactos negativos da barragem de Fridão", lê-se.

O partido reforça que as "lutas travadas ao longo dos anos" contribuíram "em muito" e, aquando da elaboração da Posição Conjunta com o Partido Socialista, "deram um contributo inegável para que esta fosse a decisão final".

Na nota, "Os Verdes" apoiam ainda a decisão do ministro do Ambiente relativa à eventual não restituição de qualquer verba à Energias de Portugal (EDP), acrescentando que "o Governo tem diferentes condições/ferramentas na mão para esse efeito, uma vez que a EDP já foi suficientemente beneficiada em prejuízo do estado na Barragem do Tua".

Na comissão de Ambiente, João Matos Fernandes afirmou que "existem outras formas de poder gerar essa mesma eletricidade com investimentos muito menores e impactos ambientais menores".

Segundo o ministro, houve um desinteresse por parte da EDP, que o Estado não contraria, e face a esse desinteresse não existem razões para a restituição da verba.

A barragem de Fridão, no rio Tâmega, consta há vários anos do Plano Nacional de Barragens, mas uma decisão definitiva sobre a construção daquele empreendimento hidroelétrico, que afeta vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto), tem sido sucessivamente adiada, num processo com avanços e recuos ao longo dos anos e vários governos.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas