"Campanha para as Europeias corre mal e o Governo tenta golpe de teatro"

Rui Rio acusa o Executivo de "estar a mentir".

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Pedro Filipe Pina
03/05/2019 12:45 ‧ 03/05/2019 por Pedro Filipe Pina

Política

Rui Rio

A contagem do tempo de carreira de docentes deixou o PS isolado à Esquerda e à Direita na última quinta-feira, em votação.

Em reação à votação, António Costa convocou reunião de emergência do governo e figuras de relevo do PS, como  o presidente do partido, Carlos César, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já abriram a porta a uma possível demissão do Executivo, tendo acusado os adversários políticos dos diferentes campos ideológicos de "irresponsabilidade".

Ao final desta manhã de sexta-feira, e já após Catarina Martins, pelo Bloco de Esquerda, e Assunção Cristas, pelo CDS, terem reagido, foi a vez de o presidente do PSD falar, após o final de uma visita à Feira do Móvel, em Paços de Ferreira.

Está a correr mal ao Governo a campanha para as Europeias e tenta um golpe de teatro. Está a brincar com coisas sérias”, acusou o social-democrata.

Salientando que ainda não teve “acesso ao texto que foi ontem aprovado em comissão e que tem que ir a plenário”, Rui Rio afirmou que há “uma coisa” que sabe: “O PSD não votará nada que seja diferente do que disse sempre e o que o PSD sempre disse é que o tempo deve contar todo e compete ao Governo negociar”.

Tal negociação é flexível, na perspetiva dos sociais-democratas. “O Governo pode fazê-lo num ano ou dois ou três ou quatro ou cinco, o tempo que for necessário, podendo contar em dinheiro ou contar com tempo de reforma ou redução de horário”.

Isto “não tem rigorosamente nada a ver com os argumentos que o governo está a dizer. Está a fazer um golpe de teatro porque a campanha está a correr mal”, reforçou.

“Isto são coisas sérias. O Orçamento do Estado é uma coisa séria. Não vale a pena estar a dizer que isto vai ter um impacto de cem, ou 200 ou 400 milhões, não é assim. Em 2019 terá o impacto que está lá [no OE2019] previsto ter e nem mais um tostão. Estão a enganar os portugueses”, acusou.

Para o líder ‘laranja’, não há por isso impacto orçamental a ter agora em conta, ideia que desenvolveu quando propôs uma alternativa.

Se o tempo for contado daqui por um ano, por dois ou três em tempo de aposentaçãoou seja, os professores podem aposentar-se mais cedo em função do tempo que não contou e tem de contarisso não tem impacto financeiro nenhum. Neste momento há menos crianças e portanto os professores que vão para a reforma, muitos deles não têm de ser substituídos”, explicou, acrescentando pouco depois que “o Governo está a mentir”.

Sobre a possível demissão do Executivo, Rui Rio fala não apenas em golpe de teatro mas também em algo que “não tem efeito prático”.

“Estamos em maio, estão eleições marcadas para 6 de outubro. Isto é um teatro, com o Governo a demitir-se ou a não se demitir, quer dizer que as eleições ou são em agosto ou em setembro. Isto é tudo a mesma coisa. Não vale a pena. Não tem efeito prático”.

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