De luto, CDS despede-se do seu criador com emotivas homenagens

O fundador do CDS, Diogo Freitas do Amaral, morreu esta quinta-feira, deixando o partido (e o país) de luto. Muitas são as reações à morte do homem que se mistura com democracia.

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Melissa Lopes
03/10/2019 20:16 ‧ 03/10/2019 por Melissa Lopes

Política

Freitas do Amaral

Democracia, aliás, é a palavra mais usada para prestar homenagem a Freitas do Amaral. Adriano Moreira, antigo presidente do CDS, afirma que o também professor “terá um lugar na história” no início da democracia portuguesa.

Na opinião do antigo dirigente dos centristas, o "grande ato" que praticou a nível político "foi a criação do centro da democracia cristã", que, àquela data, era "o grande movimento impulsionador" da União Europeia.

Na mesma linha, Paulo Portas enaltece Freitas do Amaral "um dos pais da democracia representativa em Portugal", ficando para "sempre na memória dos democratas portugueses", como alguém que construiu um partido de democracia cristã.

José Ribeiro e Castro lembra "um amigo, um líder, uma referência, e eu um seu companheiro de muitas andanças". Sem Freitas do Amaral, "o CDS nunca teria existido", enaltece. 

Basílio Horta, que também ajudou a fundar o CDS, diz que Portugal perdeu hoje "um dos Pais Fundadores do sistema político-partidário democrático". "Eu perdi um dos amigos da minha vida", frisa o autarca de Sintra. 

A notícia da morte de Freitas do Amaral foi recebida durante um almoço de campanha em Barcelos, Braga, e Assunção Cristas pediu aos militantes que cumprissem um minuto de silêncio. A atual líder do partido recorda "a coragem" do fundador do CDS para defender as ideias do partido no período pós-25 de Abril de 1974.

 O líder da Juventude Popular também quis deixar a sua homenagem nas redes sociais a Diogo Freitas do Amaral. "O Centrista que se tornou pedagogo da direita em democracia. O Professor que inscreveu a democracia-cristã na salvação do regime político-constitucional. O Fundador que nos permitiu sermos hoje o CDS", destacou Francisco Rodrigues dos Santos. 

Adolfo Mesquita Nunes recorda o momento em que "acordou para a política", em 1986, e a importância que Freitas do Amaral teve no seu próprio "calendário político". 

"Tinha este calendário, e o chapéu branco, e os autocolantes, e sabia o hino de cor, e queria ter um sobretudo igual, e foi nesta campanha que acordei para a política, para as ideias diferentes (num lado da família votava-se Freitas, no outro lado da família votava-se Soares - e eu amava os dois lados e aprendi tanto com isso), e para esta ideia de que vale mesmo a pena dar a cara pelas nossas convicções e viver as consequências desse gesto, que oscilam entre a aclamação e a solidão. Hoje, que morreu Freitas do Amaral, não quero deixar de dizer que foi com ele, na campanha dele, com um calendário dele, que comecei o meu próprio calendário político", escreve o centrista no Facebook

O CDS, sublinhe-se, optou por não cancelar o jantar-comício de encerramento da campanha eleitoral, no Porto, transformando-o numa "homenagem" ao fundador do partido. 

"O jantar que estava previsto para o Porto terá uma configuração bastante distinta, não será um jantar em género de comício e de festa, mas será para evocar a memoria do professor Diogo Freitas do Amaral", anunciou Assunção Cristas. 

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