Costa, Centeno e os "ciúmes e desconforto" no Governo
Defendeu Luís Marques Mendes que "nenhum primeiro-ministro gosta de ficar na sombra de um ministro, é humano".
© Global Imagens
Política Marques Mendes
"Ciúmes e desconforto" no Governo? Marques Mendes acredita que sim. E na base desse clima está a recente sondagem sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde — segundo a qual 57% dos portugueses aponta as culpas a Costa e à ministra da Saúde e apenas 14% a Mário Centeno.
Estes resultados são, para o ex-presidente do PSD, um "verdadeiro facto político" que deve gerar "muitos ciúmes e muito desconforto dentro do Governo”. Ora, a sondagem indica que "os louros são de Centeno" e que "o que corre mal é culpa do primeiro-ministro ou de ministros" e esta realidade "leva a uma rota de colisão" porque "nenhum primeiro-ministro gosta de ficar na sombra de um ministro, é humano", defendeu o político no habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias.
Já no que ao "estatuto de credibilidade de Mário Centeno" diz respeito, "nunca se viu em Portugal um ministro das Finanças com um estatuto tão forte". O comentador defendeu que Centeno, "provavelmente, em termos de credibilidade, está acima do estatuto do primeiro-ministro. E isto levanta um problema sério para o futuro".
Marques Mendes pressagia que, "quando Mário Centeno sair do Governo, eventualmente a meio do próximo ano", vai provocar "um revés forte. Vai sair daí um Governo enfraquecido porque perde uma figura com um estatuto invulgar". E "desgraçado do ministro/a que vier a substituir Centeno porque vai viver sempre com a sombra. Uma coisa é suceder-lhe e para isso basta um despacho de nomeação, outra é substituí-lo".
Ora, no entendimento do político, "Costa até pode achar um facto normal a saída de Centeno, mas quando isso acontecer ele vai perceber dois problemas: que vai ficar com um Governo mais fraco e que ele vai ficar mais exposto e vulnerável porque o para-choques que é Mário Centeno vai desaparecer".
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