PEV levanta dúvidas sobre prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões

O PEV questionou hoje o Ministério das Infraestruturas e da Habitação sobre o prolongamento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões, em Matosinhos, distrito do Porto, querendo saber que critérios determinaram a necessidade da obra.

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Lusa
05/07/2020 13:24 ‧ 05/07/2020 por Lusa

Política

Porto

 

O Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) refere que "o concurso público para o prolongamento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões numa extensão de 300 metros foi lançado pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) em fevereiro de 2019" e "a adjudicação da empreitada estava prevista para fevereiro de 2020".

Em março, "o Ministério das Infraestruturas e da Habitação informava que a APDL apenas irá adjudicar as obras relativas ao prolongamento do quebra-mar e ao melhoramento das acessibilidades marítimas após a avaliação ambiental do novo terminal do Porto de Leixões", acrescenta.

Depois da contestação de associações e autarcas, que sugeriram a realização de estudos complementares, "em janeiro de 2020, a APDL referia que o prolongamento do quebra-mar tinha obtido o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente, não sendo necessários estudos complementares", continua o PEV, referindo que "a administração portuária apontava ainda que a Avaliação Ambiental Estratégica das alterações ao plano estratégico da APDL estava em curso, encontrando-se em fase de elaboração do relatório ambiental preliminar".

"Os estudos sobre os impactos de tais empreitadas que integram a mesma obra foram conduzidos de modo individualizado e não foram estudados os impactos no seu todo e de modo cumulativo", criticam os deputados do PEV.

Na ótica dos ecologistas, "persistem assim as preocupações manifestadas por associações e por autarcas sobre os possíveis impactos negativos ambientais, sobretudo sobre a ondulação e sedimentação nas áreas balneares a sul do porto, mas também do comprometimento das atividades aquáticas face a um prolongamento em 300 metros de extensão do quebra-mar do Porto de Leixões, motivos que reforçam a necessidade de aprofundamento do estudo do impacto da obra sobre a qualidade da água".

Por isso, o partido questiona o ministério liderado por Pedro Nuno Santos e quer saber "quais os critérios que determinaram a realização de estudos de impacte ambiental diferenciados para os investimentos incluídos na obra de prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões e das acessibilidades marítimas".

"Quais os critérios com base em normas internacionais de navegabilidade que determinam a necessidade do prolongamento do quebra-mar numa extensão de mais de 300 metros, de acordo com os estudos realizados", questiona também, perguntando ao Governo se é viável um prolongamento de 200 metros.

O PEV quer conhecer "as conclusões dos estudos realizados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil face a uma obra de prolongamento com a extensão de 200 metros" e pergunta ainda se já estão em curso "programas de monitorização".

 

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