A Ordem dos Médicos recomendou, esta segunda-feira, o uso de máscaras na rua, a realização precoce de testes de diagnóstico a contactos de risco de casos de Covid-19 confirmados, e a elaboração de normas únicas para a realização de grandes eventos, após uma reunião extraordinária, que teve como objetivo analisar a atual situação epidemiológica nacional e internacinal.
Perante estas recomendações, várias vozes elevaram-se contra as medidas, entre as quais a de Isabel Moreira.
De acordo com a deputada do Partido Socialista (PS), estas ideias de "máxima prevenção não são admissíveis num Estado de Direito".
"Usar máscaras na rua ou condicionar mais ainda os eventos referidos na notícia é uma compressão muito complexa da liberdade nas suas diversas dimensões. A iniciativa económica privada , por exemplo , não pode ser restringida ilimitadamente sem que se demonstre um risco de tal forma sério que não há alternativa a essa restrição. O mesmo se passa com a nossa liberdade de usar ou não usar máscaras em espaços abertos e de assumirmos riscos comportáveis", escreveu a parlamentar socialista na sua página de Facebook.
Antes de terminar a publicação, Isabel Moreira salientou também que "não é normal esta nova cultura de restrição de direitos à margem de uma decisão legislativa do Parlamento", e que as recomendações da Ordem dos Médicos, "para além de materialmente críticas (constitucionalmente), não poderiam ser implementadas assim".