Esta posição foi transmitida por António Costa em entrevista à Antena 1, depois de ter sido confrontado com a notícia da revista Sábado, segundo a qual o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado da Energia, João Galamba, estão a ser investigados num processo que averigua "indícios de tráfico de influências e de corrupção, entre outros crimes económico-financeiros".
Na resposta, o primeiro-ministro manifestou-se "absolutamente descansado" em relação a esse caso, começando por declarar que confia nas instituições e no Estado de Direito.
"Há um comunicado da PGR dizendo que há uma investigação em aberto, mas que não há sequer suspeitos. Portanto, não há uma investigação do ministro, nem investigação do secretário de Estado. As investigações pressupõem a existência de suspeitos", declarou.
António Costa observou depois que o ministro de Estado e da Economia já avançou com uma queixa crime por ter sido alvo de uma "denúncia caluniosa".
"Acho que há uma coisa a que nos temos de habituar. Uma das grandes garantias que os portugueses podem ter é que, em Portugal, ninguém está acima da lei e a justiça é absolutamente independente. E, portanto, seja quem for, quando houver uma suspeita, a justiça investiga", apontou.
Por esta via, de acordo com o primeiro-ministro, "eliminam-se dúvidas e não se anda com suspeições".
Mas, logo a seguir, deixou também um aviso: "Para que isso aconteça, a investigação deve decorrer nos sítios próprios, ou seja, nas instâncias judiciárias".