O Partido Comunista Português (PCP) comemora amanhã, sábado, dia 6 de março, 100 anos de existência. Para assinalar a data, o líder parlamentar, João Ferreira, esteve na SIC Notícias a falar do partido fundado a 6 de março de 1921.
O deputado começou por recordar alguns dos momentos marcantes pelos quais o partido passou ao longo destes 100 anos.
"Numa história de vida de 100 anos facilmente se encontram muitos momentos marcantes. Eu diria, todavia, que estes 100 anos mostram um partido que nasceu e que foi capaz de existir em circunstâncias de vida muito diferentes. Ele nasce pouco depois da Implantação da República, numa altura em que as promessas da República já estavam manifestamente frustradas, depois enfrenta ainda muito jovem a instalação de uma ditadura fascista, foi o único partido que soube intervir nestas condições. Depois veio a Revolução do 25 de Abril, foi um partido fundamental em todas as conquistas da revolução. Foi um partido que soube intervir também no processo que se seguiu, em que muitas dessas conquistas foram sendo postas em causa", relembrou, reiterando o papel fundamental do PCP na oposição ao regime ditatorial conduzido por António de Oliveira Salazar.
"Não há nenhum partido português, não há nenhuma força, que tenha como o PCP simbolizado a luta pela democracia e a liberdade durante o tempo da ditadura, quando defender a democracia e a liberdade significava pagar com a própria vida ou com a privação da própria liberdade. O PCP teve um papel importante de resistência contra o fascismo", sublinhou.
Sobre o contributo dos comunistas para o desenvolvimento do país, ao logo do último século, João Ferreira afirmou que "não há um avanço, não há um progresso, não há uma melhoria no país, nos últimos anos, que não esteja de alguma forma associada à luta e à intervenção dos comunistas portugueses".
Antes de terminar a sua intervenção, o parlamentar garantiu que o PCP é um partido que olha para o presente e para o futuro, com iniciativas voltadas "para as dificuldades do país".
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