CDS-PP pede participação militar de Portugal e mobilização da Europa

O presidente do CDS-PP , Francisco dos Santos Rodrigues, pediu hoje ao Governo português uma participação militar e a mobilização dos estados-membros da União Europeia contra os ataques em Cabo Delgado, Moçambique.

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Lusa
29/03/2021 20:18 ‧ 29/03/2021 por Lusa

Política

Moçambique/Ataques

Para o líder dos centristas "esgotou-se o tempo das palavras e das reuniões, é hora de passar à ação e resolver definitivamente o problema" e a "situação dramática que se está viver em Cabo Delgado onde impera a barbárie do terrorismo islâmico".

"Exige-se do Governo de Portugal que, na liderança da União Europeia, mobilize todos os Estados-membros para apoiar Moçambique", afirmou, em Mirandela, no distrito de Bragança, onde deu o arranque à apresentação dos candidatos do partido às eleições Autárquicas

Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que "o combate ao terrorismo é um imperativo europeu e mundial, onde Portugal participa de forma militar e procura erradicar".

Deu os exemplos das missões no Mali, no Iraque, no Afeganistão, na República Centro Africana e também na Somália.

"É por isso que faz ainda mais sentido empenhar-nos com uma participação militar num espaço na Lusofonia e num país irmão como é Moçambique", salientou.

O presidente do CDS-PP insistiu que o partido está "solidário com o Governo", mas exige "não apenas o acompanhamento da barbárie, mas também liderança e mobilização militar contra o terrorismo islâmico e mobilização dos parceiros europeus".

Na quarta-feira, Palma, a vila sede de distrito com 42 mil habitantes, que acolhe os grandes projetos de gás do norte de Moçambique, foi atacada por grupos insurgentes 'jihadistas' que há três anos e meio aterrorizam a região. O ataque foi reivindicado esta tarde pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Dezenas de civis, incluindo sete pessoas que tentavam fugir do principal hotel de Palma, no norte de Moçambique, foram mortos pelo grupo armado que atacou a vila.

A violência causou mais de 2.000 mortes e quase 700 mil deslocados.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora existam relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

Leia Também: Analista avisa para risco de jihadistas tentarem manter zona conquistada

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