"José Sócrates está morto politicamente"
Ana Gomes garante que o PS não tem medo dos ataques do antigo primeiro-ministro. "É para o lado que o PS dorme melhor e, em particular, o primeiro-ministro", defende a socialista.
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Política Ana Gomes
Ana Gomes analisou, este domingo, no seu habitual espaço de comentário político, na SIC Notícias, a decisão da fase de instrução da Operação Marquês e, principalmente, as atitudes e palavras de José Sócrates, após saber que não seria pronunciado por 25 dos 31 crimes de que estava acusado pelo Ministério Público.
Para a socialista, o antigo primeiro-ministro apenas se aproveitou da polémica decisão da fase de instrução para deixar no ar a hipótese de um possível regresso, porque, na verdade, defendeu Ana Gomes, “José Sócrates está morto politicamente”.
Confrontada com a promessa, feita pelo antigo governante, de ataques ao PS, a comentadora garantiu que “é para o lado que o PS dorme melhor e, em particular, o primeiro-ministro, António Costa, até agradece”.
Sobre as palavras de José Sócrates à saída do tribunal, em que o antigo primeiro-ministro praticamente ignorou que vai responder por seis crimes, Ana Gomes salientou que tudo não passa de uma estratégia de defesa.
“Falta de lata e falta de escrúpulos nunca foram problema dele e é exatamente isso que ele faz ao criar essa narrativa. Embora tenha sido isentado de procedimento criminal pelo juiz Ivo Rosa em relação a algumas acusações, [José Sócrates] foi declarado, pelo mesmo juiz, como um corrupto que mercadejou o cargo e que vai a julgamento pelos crimes de branqueamento de capitais, que é branqueamento de dinheiro sujo, de proveniência ilícita e, neste caso, tendo na base os crimes de corrupção”, relembrou a comentadora.
Recorde-se que, em maio de 2018, José Sócrates entregou o cartão de militante e abandonou o PS depois do incómodo assumido por vários dirigentes socialistas face ao processo Operação Marquês.
Na passada sexta-feira, 25 dos 31 crimes dos quais o antigo primeiro-ministro estava acusado acabaram por cair na decisão instrutória, da responsabilidade do juiz Ivo Rosa. De acordo com o magistrado, os crimes de corrupção já tinham prescrito.
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