Na sessão sobre a 'Situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal', que decorreu esta manhã de terça-feira no Infarmed, os especialistas destacaram um aumento do número de casos da doença em crianças abaixo dos 9 anos, o que coincide com a retoma do ensino presencial.
E foi precisamente este dado que o CDS-PP destacou após a reunião sustentando que estes dados "demonstram que a abertura das escolas determinou um aumento significativo na taxa de contágio nas idades até aos 9 anos, mas que por outro lado a frequência de infeção entre estudantes é idêntica à dos profissionais que com eles contactam diariamente com eles na escola".
Neste sentido, defende a deputada centrista Cecília Anacoreta Correia, "estes dados vem revelar que é profundamente errada a política de testar nas escolas apenas os profissionais, os adultos, e não as crianças".
"Como os especialistas disseram, as escolas devem funcionar com sentinelas no controlo da pandemia e isso só se faz reforçando a testagem nas escolas abrangendo as crianças, que são o universo maior da população escolar", sustentou.
Outro dado merecedor de destaque pelo CDS-PP prende-se com "o controlo da evolução das novas estirpes". No vídeo enviado à comunicação social, a deputada vinca que este controlo "está a ser feito graças à colaboração dos laboratórios privados com o Instituto Ricardo Jorge", sustentando que tal colaboração comprova aquela que tem sido "a mensagem inicial do CDS: uma resposta eficaz à pandemia devia passar pelo envolvimento do setor privado e pelas valências do setor privado".
"E é uma pena que o Ministério da Saúde não tenha sabido implementar esta visão de parceria desde o início porque seguramente [se o tivesse feito, defende o CDS] a resposta na primeira vaga teria sido seguramente mais eficaz", conclui Cecília Anacoreta Correia.
Segundo um balanço divulgado esta segunda-feira pelo Ministério da Educação, os rastreios mais recentes nas escolas, que decorreram durante a semana passada, revelaram 125 casos positivos de covid-19 em mais de 110 mil testes.
No total, foram testados mais de 110 mil professores e funcionários de todas as escolas dos 2.º e 3.º ciclos, do setor público e privado, que regressaram na segunda-feira ao ensino presencial, e daquelas do pré-escolar e 1.º ciclo em concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
O rastreio permitiu identificar 125 casos positivos, o equivalente a uma taxa de positividade de 0,1%, sublinha a tutela, um número semelhante ao registado nos estabelecimentos escolares das zonas de maior risco que reabriram primeiro, ainda em março.
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