O presidente da Câmara desde 2013 vai encabeçar a coligação PSD/CDS-PP/PPM/Aliança, tendo também já sido anunciadas as candidaturas de Hugo Pires (PS), Bárbara Barros (CDU), Alexandra Vieira (BE), Eugénia Santos (Chega) e Olga Baptista (Iniciativa Liberal)
O vencedor terá como tarefa gerir um concelho com mais de 182 mil habitantes e com uma densidade populacional de 994 pessoas por quilómetro quadrado, segundo dados da Pordata referentes a 2019.
A população com menos de 15 anos representava nesse ano 14,3% do total de residentes e a população com 65 ou mais anos equivalia a 16,8%.
O concelho, com 37 freguesias/uniões de freguesia, tinha 118 idosos por cada 100 jovens em 2019 e contava então com 10.315 estrangeiros residentes.
De acordo com a platadorma EyeData, em 2018, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 1.076,60 euros (contra 1.168,42 a nível nacional), enquanto em 2019 o número de médicos por mil habitantes era de 8,26 (acima dos 5,39 em Portugal).
A Câmara de Braga foi durante 37 anos comandada pelo socialista Mesquita Machado, mas está desde 2013 nas mãos de Ricardo Rio, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Para as autárquicas deste ano, esta coligação foi alargada, passando também a integrar o partido Aliança.
Houve também negociações com a Iniciativa Liberal, mas neste caso o acordo acabou por não se concretizar.
O PS, que em 2013 elegeu quatro vereadores e em 2017 três, aposta agora no antigo vereador Hugo Pires para tentar reconquistar aquele foi um dos bastiões do partido.
Hugo Pires foi vereador no último mandato de Mesquita Machado e é atualmente deputado na Assembleia da República.
A sua escolha para candidato esteve envolvida em polémica, uma vez que o atual presidente da concelhia, Artur Feio, também se tinha disponibilizado para a corrida, mas acabou por vingar a decisão dos órgãos nacionais do partido.
Com a camisola da CDU, vai correr, desta vez, Bárbara Barros, que este ano substituiu o vereador eleito, Carlos Almeida, para 'ganhar balanço' para a corrida.
As cores do BE vão ser defendidas por Alexandra Vieira, deputada na Assembleia da República, que já anunciou como objetivo "eleger para a vereação" e aumentar a representação do partido na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia.
Criado em 2019, o Chega também vai disputar a Câmara de Braga, com uma lista liderada por Eugénia Santos, antiga professora que abandonou a docência "desencantada" com o rumo da Educação em Portugal e que agora é 'personal trainer' num ginásio em Braga.
A Iniciativa Liberal, por sua vez, decidiu rejeitar o convite para integrar a coligação liderada por Ricardo Rio e optou por apresentar uma lista liderada por Olga Baptista, farmacêutica que se assume como "minhota em toda a linha", já que nasceu em Guimarães, cresceu em Vizela, trabalha em Fafe e vive em Braga.
Atualmente, a Câmara de Braga é constituída por sete eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM, três do PS e um da CDU.
Para as autárquicas deste ano, que ainda não têm data marcada, todos os candidatos apontam como objetivo natural a vitória, mas tirar a maioria à coligação liderada por Ricardo Rio é outra fasquia colocada por alguns candidatos.
O que nenhum quer, seguramente, é "ver Braga por um canudo", uma expressão localmente muito usada que tem como significado ver as expectativas frustradas, ficar perto de um objetivo mas não conseguir atingi-lo.
As eleições autárquicas têm de ser marcadas pelo Governo para entre 22 de setembro e 14 de outubro.