Madeira: PS acusa PSD de usar funcionários públicos como se fossem do partido

O líder do PS/Madeira e cabeça de lista às eleições antecipadas de 23 de março, Paulo Cafôfo, acusou hoje o PSD de usar os funcionários públicos como funcionários do partido e assegurou que "não haverá perseguições" com um executivo socialista.

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© Paulo Spranger / Global Imagens

Lusa
03/03/2025 21:20 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Paulo Cafôfo

"Connosco não haverá perseguições, não haverá chantagem, não haverá a obrigatoriedade de irem a iniciativas partidárias, porque um funcionário público tem de ser respeitado na sua opção, seja do PSD, seja de qualquer outro partido", disse.

 

Paulo Cafôfo falava no âmbito da reunião da Comissão Regional do PS, no Funchal, na qual foi confirmada a composição dos órgãos do partido, após o congresso de fevereiro.

"É muito importante que todos os funcionários públicos da região confiem no Partido Socialista", afirmou, sublinhando que, caso vença as eleições antecipadas de 23 de março, a sua postura será diferente do PSD, partido que governa a região desde 1976.

"Esta é uma nova forma de olharmos para uma administração pública que tem estar ao serviço dos madeirenses, que se seja valorizada, bem remunerada e não dependente do poder político, nem utilizada para fins partidários", disse.

O líder socialista vincou que o PS quer promover uma "mudança com estabilidade e compromisso" na região, realçando que o tempo das maiorias absolutas do PSD terminou em 2019, ano a partir do qual os social-democratas tiveram de estabelecer acordos com o CDS-PP e depois também com o PAN para formar governo.

"É hora de termos uma solução governativa que possa ser liderada pelo Partido Socialista e por outros partidos, ou integrando outros partidos, que queiram a mudança da região provocando, pela primeira vez, a alternância democrática na região autónoma", disse, prometendo uma "mudança tranquila", para "corrigir as falhas do PSD e impulsionar novas soluções" para a região autónoma.

Em 17 de dezembro de 2024, o Governo minoritário do PSD saído das eleições de maio foi derrubado com a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles - Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura - foi arquivado pelo Ministério Público.

A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho de 2024, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Face a esta situação política, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento madeirense e convocou eleições regionais antecipadas para 23 de março - o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.

Concorrem 14 forças políticas, 12 de partidos isoladamente e duas de coligação, uma de dois partidos, outra de três partidos, nomeadamente CDU, PSD, Livre, Juntos Pelo Povo (JPP), Nova Direita, PAN, a coligação Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, três do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL, um do PAN e uma deputada não inscrita (ex-Chega).

Leia Também: Eleições na Madeira. Da política às selfies, a campanha nas redes sociais

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