Este voto, que partiu de uma iniciativa do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, depois de ter sido aprovado, foi aplaudido de pé, sobretudo por deputados do PS, PSD e CDS-PP.
O texto relativo à saudação ao antigo primeiro-ministro português (1995/2002) esteve em apreciação no parlamento horas antes de a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proceder à votação da recomendação feita no passado dia 8 de junho pelo Conselho de Segurança no sentido de reconduzir o atual secretário-geral.
Um "ato formal que antecederá o juramento e a posse para um segundo mandato à frente da mais importante organização multilateral internacional, reunindo 193 Estados-membros", lê-se no voto.
Para a Assembleia da República, "esta decisão, que tanto orgulha Portugal e os portugueses, é consequência da forma competente, rigorosa e empenhada como António Guterres exerceu o cargo de secretário-geral nos últimos cinco anos, bem como da força da sua liderança, ancorada nos valores e princípios essenciais em que assenta a ONU".
"Depois de um longo processo, com audições e debates, pautado por uma grande transparência, em que a sua candidatura saiu claramente vencedora, e de cinco anos de grande exigência, marcados por grandes tensões e pela mais grave crise pandémica da história recente, António Guterres recebe, por unanimidade, o voto de confiança do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que se deve às suas qualidades humanas, políticas e intelectuais e à forma como colocou as suas muitas e diversificadas capacidades ao serviço dos Povos e das Nações. Provando que, tal como há cinco anos, António Guterres é a personalidade mais preparada para enfrentar a complexidade dos problemas do mundo atual", acrescenta-se no texto do voto.
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