Rui Rio pede justificações sobre atuação da GNR em Reguengos

O presidente social-democrata pediu hoje justificações ao Governo sobre a "total condescendência da GNR", na sequência de desacatos junto à esplanada de um café, em Reguengos de Monsaraz, considerando que "facilitismo e impunidade são via para o caos".

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Lusa
17/07/2021 17:04 ‧ 17/07/2021 por Lusa

Política

Reguengos de Monsaraz

"Que justificação têm o ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita] e o primeiro-ministro [António Costa] - que diz que ele é um excelente governante - sobre esta cena de violência, perante a total condescendência da GNR?", questionou Rui Rio, através de uma publicação na rede social Twitter.

O presidente do PSD acrescentou que o "facilitismo e impunidade são via para o caos, não são caminho para o desenvolvimento".

Um homem sofreu ferimentos ligeiros após ter sido atropelado na sequência de desacatos junto à esplanada de um café na sexta-feira à noite, em Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, disseram hoje fontes da GNR e dos bombeiros.

Em comunicado, a GNR indicou que os desacatos provocaram três feridos, sendo que os outros dois não precisaram de atendimento hospitalar.

Segundo a GNR, a viatura envolvida no atropelamento, conduzida por um homem, foi encontrada posteriormente, sem o condutor, tendo este veículo e um outro, de pessoas alegadamente envolvidas na ocorrência, sido apreendidos pela Guarda.

A GNR esclareceu que será instaurado processo de averiguações para apuramento de eventual responsabilidade disciplinar relativamente à atuação dos militares da Guarda Nacional Republicana.

O comunicado explicita que uma patrulha foi chamada na noite de sexta-feira, depois das 22:30, a um estabelecimento de venda de bebidas ao público onde "um grupo de indivíduos" tentava entrar, tendo-lhes sido vedado o acesso "porque não se faziam acompanhar do respetivo certificado digital" covid-19.

Segundo as autoridades, a patrulha "tentou cessar o desentendimento, mas dada a quantidade de pessoas no local, acionou os meios de reforço, de forma a preservar a segurança e a integridade física dos demais envolvidos e dos próprios militares".

Não há detidos, nem identificados, na sequência dos desacatos, que ocorreram cerca das 22:30, segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR).

A Polícia Judiciária foi chamada ao local, já efetuou perícias às viaturas apreendidas e vai investigar o caso, de acordo com a GNR.

Leia Também: Militares investigados após desacatos e atropelamento em café de Évora

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