"Esta gestão [de Marco de Canaveses] é de facto uma gestão exemplar. Aqueles autarcas que ainda hoje têm receio de virem a assumir em pleno, a partir do próximo mês de abril, as competências que estão a ser descentralizadas na área da educação, saúde, ação social, devem pôr os olhos no trabalho que aqui foi feito no Marco de Canaveses", afirmou António Costa.
O secretário-geral do PS falava em Marco de Canaveses, num comício com a atual presidente e candidata do PS à Câmara Municipal local, Cristina Vieira, e abordava o projeto piloto de descentralização que decorreu no município, que, nos últimos quatro anos, assumiu, progressivamente, competências na área da educação, saúde e ação social.
Segundo António Costa, Marco de Canaveses mostra que os autarcas têm, "obviamente", "muitos melhores condições para resolver os seus problemas do que quem está lá longe", seja "numa direção regional no Porto, seja numa direção geral em Lisboa".
"É por isso que nós acreditamos mesmo na descentralização, e é por isso que no próximo mandato vamos avançar ainda mais na descentralização, e também nestas áreas da educação, da saúde, da ação social", salientou.
Relembrando assim que o próximo quadro de fundos comunitários irá ser gerido "ao nível regional pelos dirigentes regionais", sendo os autarcas que "vão escolher onde é que vão investir o dinheiro", António Costa afirmou que isso não quer dizer que "o Governo se desresponsabilize e lave as mãos dos problemas".
Pelo contrário, segundo o secretário-geral do PS, o que o executivo pretende é "criar condições para que todas as autarquias do país, para que os 308 presidentes de Câmara, tenham melhores ferramentas para melhor desenvolver o seu território e melhor servirem as suas populações".
"Depois há aqueles que têm unhas para tocar guitarra e há os que não têm unhas para tocar guitarra... Mas isso é o povo que sabe escolher quem é que tem unhas para tocar guitarra", afirmou António Costa, em referência aos partidos da oposição.
Abordando assim os últimos quatro anos de executivo socialista em Marco de Canaveses -- que, antes da vitória de 2017, nunca tinha assumido a presidência do município -, o secretário-geral do PS afirmou que o partido o que foi "é a melhor garantia" do que continuará a ser feito no próximo mandato.
"Esta campanha é muitíssimo mais fácil [do que há quatro anos], porque, agora, a obra fala por si, o trabalho fala por si, e a vossa cara, o vosso rosto, a vossa força de confiança na liderança da Cristina Vieira fala por si e pronuncia uma grande vitória do PS nas eleições do próximo domingo", salientou.
Do seu lado, a atual presidente de Câmara e candidata do PS, Cristina Vieira, salientou que o seu executivo dos últimos quatro anos foi "um executivo jovem, trabalhador e ambicioso", tendo sido nesse espírito que abraçou "de corpo e alma" os "desafios" que o Governo lhe apresentou, nomeadamente o programa de descentralização.
"Marco de Canaveses foi dos municípios do país pioneiros no abraçar destas novas competências e foi um dos que aceitou todas as competências delegadas pelo Governo de Portugal. Fizemos conscientes do desafio e do volume do trabalho que isso acarreta mas convictos de que, na proximidade, seremos capazes de fazer mais e melhor pelos nossos cidadãos. Fizemo-lo e não estamos nada arrependidos", destacou.
O executivo municipal do Marco de Canaveses é composto por quatro eleitos do PS, dois do PSD e um do CDS-PP, atualmente na condição de independente.
Além da candidatura de Cristina Vieira, pelo PS, a coligação PSD/CDS-PP apresenta Maria Amélia Ferreira, atual provedora da Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses, como a sua candidata.
Naquele concelho, o fiscal municipal José Luís Sousa é o candidato da CDU, enquanto o Bloco de Esquerda indica Nuno Leite como o seu candidato.
António Costa dedica hoje o seu dia de campanha autárquica ao distrito do Porto, percorrendo oito concelhos.
Além do comício em Marco de Canaveses, o secretário-geral do PS irá estar em Penafiel, Valongo, Maia, Matosinhos, Gondomar e terminará o dia em Vila Nova de Gaia.
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