Na última reunião da distrital deste mandato, na terça-feira, foi feito "um balanço muito positivo das autárquicas no distrito de Lisboa" e foram marcadas as eleições, que acontecem de dois em dois anos.
"Depois do apoio de toda a distrital, anunciei a minha recandidatura", afirmou Ângelo Pereira.
O prazo para a apresentação de candidaturas termina em 03 de novembro.
Ângelo Pereira foi eleito pela primeira vez presidente da distrital de Lisboa do PSD em novembro de 2019 com 82% dos votos, derrotando a vereadora em regime de substituição da Câmara Municipal de Lisboa Sofia Vala Rocha, com 18%.
No último mandato autárquico, Ângelo Pereira, que tinha sido candidato pelo PSD à Câmara de Oeiras contra Isaltino Morais, exerceu as funções de vereador no executivo municipal.
Em 2019, o dirigente estabeleceu como meta para o partido no distrito "vencer as próximas eleições autárquicas e voltar a gerir os destinos da capital".
O PS venceu as autárquicas de 26 de setembro com 149 câmaras (148 sozinho e uma em coligação) e o PSD conquistou 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), melhorando os resultados de 2013 e de 2017, com a vitória dos sociais-democratas em Lisboa, Coimbra, Portalegre ou Funchal.
O PS continua a ser o partido com mais câmaras no distrito de Lisboa e elegeu 10 dos 16 presidentes, mas perdeu a capital para a coligação de direita encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas.
Os socialistas mantiveram a liderança em nove municípios do distrito - Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Sintra, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Lourinhã e Odivelas - e compensaram a perda de Lisboa com a conquista de Loures.
Já o PSD elegeu quatro presidentes de câmara no distrito de Lisboa, dois deles em coligações com outros partidos.
Foi este o caso de Lisboa, onde Carlos Moedas foi eleito numa coligação que juntou PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM, e de Carlos Carreiras (PSD/CDS-PP), que conquistou o seu terceiro mandato em Cascais.
As outras duas câmaras em que o PSD ganhou foram Cadaval e Mafra, concelhos que já governava.
Em Cascais, Cadaval e Mafra estas vitórias foram com maioria absoluta nos executivos municipais, mas em Lisboa a candidatura de Carlos Moedas obteve sete mandatos, o mesmo número do que o PS, que recandidatou Fernando Medina.
A nível nacional, nas últimas eleições diretas para a liderança do PSD em 2020, Ângelo Pereira apoiou Miguel Pinto Luz, que ficou em terceiro lugar, e, na segunda volta, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro, que seria derrotado pelo atual presidente Rui Rio.
Ao longo da sua história, a distrital de Lisboa teve como presidentes, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa, que foi o primeiro (1975-1977), António Pinto Leite, José Pacheco Pereira e Duarte Lima. Pedro Pinto, deputado e ex-líder da JSD, foi o antecessor de Ângelo Pereira.
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