Em conferência de imprensa, na sede do Chega, em Lisboa, André Ventura anunciou alguns dos cabeças de lista do seu partido às eleições legislativas de 30 de janeiro próximo, assim como os coordenadores do programa eleitoral, Mithá Ribeiro, e da juventude, Rita Matias.
Além da candidatura de André Ventura em Lisboa, o Chega escolheu já cabeças de lista para Faro, Pedro Pinto, Santarém, Pedro Frazão, Viseu, João Tilly, Europa José Dias Fernandes, e Fora da Europa, João Janela Baptista.
"O economista Pedro Arroja será o mandatário nacional e também candidato a deputado em lugar elegível", disse o presidente do Chega.
Perante os jornalistas, André Ventura considerou que a ambição do Chega nas próximas eleições legislativas é tornar-se a terceira força política nacional e "afastar António Costa do cargo de primeiro-ministro".
"Votar no PSD é votar no PS número dois. Nas próximas eleições, o Chega quer forçar um Governo de direita e não permitir um Bloco Central PS/PSD. Qualquer resultado acima dos 10% por parte do Chega, obrigará o futuro Governo a ter em conta as transformações que este partido quer operar na sociedade portuguesa", declarou.
Para o presidente do Chega, no panorama da direita portuguesa, "CDS-PP e Iniciativa Liberal são apenas, neste momento, pontos soltos no sistema eleitoral".
"Todos sabemos que esses partidos não terão grande expressão eleitoral e, por isso, serão votos perdidos. O voto no PSD, como disse, será um voto no PS. O único voto útil, o único voto que interessa, é no Chega, que será oposição a um Governo socialista", advogou.
Em termos programáticos, André Ventura disse que o Chega irá "manter o seu ADN", com bandeiras como a redução do número de deputados e de cargos políticos.
"Continuaremos a defender as bandeiras da redução dos impostos, a castração química de pedófilos, a prisão perpétua e a combater que haja minoria acima da lei em Portugal", completou, dizendo que o Chega apresentará candidatos em todos os círculos eleitorais nas próximas legislativas.
Mithá Ribeiro, por sua vez, disse que o programa eleitoral do Chega terá como lema "Deus, pátria, família e trabalho".
"Assumimos que o Chega é o partido da família e pretender acabar com a sobreposição abusiva do Estado em relação à sociedade. Queremos criar o Ministério da Família", indicou.
O coordenador do programa eleitoral do Chega caracterizou depois a esquerda portuguesa "como um cadáver moral".
"Vamos tratar temas como o parasitismo social, a subsidiodependência, a corrupção e a má governação a partir de uma reforma da moral social. Vamos defender a pátria da humilhação a que tem estado sujeita", destacando neste domínio questões como "a história, a identidade étnica e até racial dos portugueses".
"Não aceitamos a discriminação negativa, mas também não aceitamos a discriminação positiva que beneficia as minorias em prejuízo da maioria", acrescentou.
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