No discurso de encerramento perante o 39.º Congresso do PSD, que hoje termina em Santa Maria da Feira, Rui Rio criticou duramente a atuação do Governo no setor da Administração Interna.
"É certo que o desempenho do ministro Eduardo Cabrita foi absolutamente desastroso, como desastroso foi o prolongado e cúmplice apoio que o primeiro-ministro lhe deu durante tanto e tanto tempo", criticou, mas acrescentado que também a anterior ministra, Constança Urbano de Sousa, tinha tido "notórias dificuldades" numa função que exige autoridade e disciplina.
Pela sua parte, Rui Rio considerou que "não pode haver complexos dessa natureza".
"A democracia não pode ser símbolo de facilitismo, e muito menos é ela incompatível com estes valores estruturantes da nossa sociedade. Sem rigor, sem respeito pela lei e sem disciplina não há democracia; há sim, uma via para a anarquia", acusou.
Para o presidente do PSD, é preciso "saber conciliar o valor da segurança com a liberdade individual e coletiva, promovendo, também nesta área, uma cultura de civismo e de respeito pelos direitos dos outros, tal como deve ser numa sociedade democraticamente madura".
"É uma vergonha nacional a morte do cidadão ucraniano à guarda do SEF, mas é também motivo de grande preocupação a desorganização, a permissibilidade e a fraca operacionalidade para que o SEF foi lançado por este Governo -- talvez já com a intenção de o extinguir", criticou.
Para o presidente do PSD, a marca do Governo do PS é sempre a mesma, ao longo dos tempos: "A marca da falta de rigor e do excesso de facilitismo".
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