Numa análise à sondagem do ISCTE/ICS, publicada pelo Expresso e que dá a vitória ao PS (com 38%), a cabeça de lista do PSD no Porto, Sofia Matos, comentou, no Jornal das 7 da SIC Notícias, que estes estudos têm revelado “que, de facto, o PSD pode ser uma alternativa do governo”, admitindo que esse é o seu foco atual.
Miguel Costa Matos, líder da JS, marcou também presença, destacando que, segundo indicam as sondagens, "52% dos portugueses têm uma avaliação muito boa ou boa deste governo". Admitiu que, embora "o país esteja a passar por um período difícil, as pessoas olham para o Governo e veem que o governo é capaz".
Por sua vez, a deputada acredita que “as pessoas cada vez confiam mais em Rui Rio e que, quanto mais o conhecem mais gostam” do líder social-democrata, sendo que “depois destes anos do governo de António Costa, os portugueses continuam sem disponibilidade para lhe dar maioria”.
Já o líder da JS pensa que Portugal tem "o melhor líder para fazer face a esta crise e estes desafios", defendendo que António Costa "tem experiência, competência" e é "alguém simpático, honesto e ponderado", mas, por outro lado, confessa que Rui Rio vence na frontalidade.
Sofia Matos referiu-se ainda ao que diz ser a “chantagem” que António Costa fez aos portugueses quando afirmou que, caso não ganhasse por maioria absoluta, se demitiria deixando “o país numa situação de absoluta ingovernabilidade”, afirmando que “isso é não saber ler o eleitorado, é não saber perceber que se cometeram erros”.
Com um cenário de maioria absoluta afastado, a deputada comentou que “ao contrário de António Costa, Rui Rio já disse ao que vinha. Já disse: ‘Eu estou mais preocupado com a estabilidade política e com a governabilidade do país do que comigo próprio ou com manter-me no poder seja a que custo for’”.
“Não há líder mais constante que Rui Rio, não há líder mais coerente que Rui Rio”, frisou, reiterando que, quanto às características de ambos os candidatos, “António Costa perde muito em relação aos anos anteriores e Rui Rio ganha em relação a anos anteriores”.
Por outro lado, Miguel Costa Matos afirmou que é necessário "um líder de Estado e um líder forte e esse líder é António Costa", relembrando que "é preciso um novo governo estável".
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