No final da reunião, deverão existir declarações à comunicação social, segundo a mesma fonte.
Na quarta-feira, o presidente do PSD, Rui Rio, irá a Belém no âmbito das audiências que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está a promover com todos os partidos com assento parlamentar.
O vice-presidente do PSD Salvador Malheiro já tinha afirmado hoje, no Fórum da TSF, que a direção do partido reuniria ainda esta semana para analisar os resultados das legislativas de domingo e desencadear o processo interno, depois de Rui Rio ter aberto à porta à saída.
"Não devem existir precipitações, teremos que analisar os resultados, perceber o que aconteceu. Sabendo que o presidente do partido, como deixou muito claro, entende que a sua missão dentro do partido terá ficado com uma ação muito limitada, creio que com calma deverão surgir passos óbvios para, com muita prudência, despoletar todo o processo que vise trazer um novo projeto para o partido", afirmou Salvador Malheiro.
O vice-presidente do PSD, que com a saída de Rio disse que voltará à condição de militante de base, afirmou que a reunião da CPN irá analisar uma forma de a atual direção "sair bem", considerando que merece essa deferência, e depois da reflexão sobre os resultados poderão então ser definidos calendários, que terão de passar pela convocação de um Conselho Nacional que possa marcar diretas e novo Congresso.
"A Comissão Política vai reunir, vai decidir, vai anunciar, nós não somos pessoas de reagir a quente, gostamos de refletir um bocadinho e é isso que vai acontecer", adiantou.
De acordo com os resultados provisórios das legislativas (e que ainda não incluem os quatro deputados eleitos pela emigração), o PSD conseguiu 27,8% dos votos e 71 deputados sozinho, subindo para 76 deputados e cerca de 29% do total dos votos somando os valores obtidos nas coligações de que fez parte na Madeira e dos Açores.
Ainda assim, quando se somarem os deputados da emigração, o PSD deverá ficar abaixo dos 79 que tem atualmente e ficou a quase 14 pontos percentuais do PS, que teve a segunda maioria absoluta da sua história.
Na noite de domingo, Rui Rio abriu a porta à saída da liderança do PSD, cargo que ocupa desde janeiro de 2018, caso se viesse a confirmar a maioria absoluta do PS nestas eleições legislativas (o que aconteceu), considerando que dificilmente será útil nessa conjuntura, sem, contudo, verbalizar explicitamente a sua demissão nem adiantar que passos irá dar internamente.
"Particularmente se se confirmar que o PS tem uma maioria absoluta - tem, portanto, um horizonte de governação de quatro anos -, eu sinceramente não estou a ver como é que posso ser útil neste enquadramento. O partido decidirá", declarou Rui Rio.
Leia Também: PSD. Vice-presidente diz que "poucos reúnem condições" de Luís Montenegro