"Estamos prontos. Este é o momento" é o lema da reunião magna do JPP, num cenário de crise política no arquipélago, depois da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega/Madeira na Assembleia Legislativa da Região que resultou na queda do Governo Regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
Este cenário foi inédito em quase 50 anos de autonomia na Madeira, e, depois de ter reunido o Conselho de Estado em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a realização de novas eleições antecipadas na Madeira em 23 de março.
As últimas eleições regionais decorreram em 26 de maio de 2024, tendo a Assembleia Legislativa da Madeira ficado constituída por 47 deputados, sendo 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e outro do PAN.
O JPP é um partido que tem a sua génese num movimento de cidadãos que surgiu na freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal, em 2008.
No ano seguinte, esta força partidária conseguiu retirar pela primeira vez a maioria absoluta que o PSD sempre detivera neste concelho.
Liderado então por Filipe Sousa, nas autárquicas de 2013, o JPP conquistou todas as cinco juntas de freguesia do município.
Em 27 de janeiro de 2015 este movimento de cidadãos tornou-se no 21.º partido político nacional inscrito no Tribunal Constitucional e na primeira vez que concorreu a umas eleições legislativas regionais, em 01 outubro de 2017, conseguiu eleger um grupo parlamentar composto por cinco deputados.
Na legislatura que foi interrompida o JPP tinha um grupo parlamentar com nove deputados na Assembleia da Madeira.
O JPP é um partido que tem apostado num papel fiscalizador à atuação do Governo Regional e tem denunciado várias situações junto das instâncias judiciais.
Tem como presidente Lina Pereira.
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