João Ferreira, vereador do PCP na Câmara Municipal de Lisboa, afirmou no Twitter que "o PCP não votou contra a condenação da Rússia", mas contra a escalada no confronto militar, tal como o partido "já expressou, de formas e em momentos diversos". Esta explicação surge após o PCP ter votado, na passada terça-feira, contra a resolução do Parlamento Europeu de condenação da Rússia pela invasão da Ucrânia.
O antigo eurodeputado do PCP, na sua publicação mais recente, esclarece que o partido votou, sim, contra "uma resolução que defende uma escalada no confronto militar em vez da procura de caminhos para a paz", sendo que anteriormente tinha saudado a "coragem" do PCP em assumir esta posição publicamente.
O político fez uma tentativa, perante a "fogueira que por aí vai", elucidar o que está a ser "ocultado" que, na sua ótica, é "algo essencial". João Ferreira enumerou que o partido opõe-se ao que a resolução que defende, nomeadamente o "reforço do envio de armamento, escalada militar, queima de pontes de diálogo político; reforço da presença da NATO na região (consabidamente parte fundamental do problema), aumento das despesas militares dos países da União Europeia mais guerra sofrimento destruição".
No comentário que deixou nas redes sociais, questionou ainda se será possível "outro caminho, que abra perspetiva de pôr fim à guerra", defendendo "dois pontos concretos para o abrir", nomeadamente o regresso aos Acordos de Minsk, que diz terem sido "sucessivamente violados" e a saída da presença militar da NATO das fronteiras da Rússia.
É possível outro caminho, que abra perspetiva de pôr fim à guerra? Dois pontos concretos para o abrir: regresso aos Acordos de Minsk (sucessivamente violados) e saída da presença militar da NATO das fronteiras da Rússia. Mais razoável que a escalada militar, n? Quem se opõe? 3/3
— João Ferreira (@joao_ferreira33) March 2, 2022
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