IL aponta distribuição de lugares como "arranjinho entre PS, PCP e Bloco"

Embora o partido Iniciativa Liberal tenha subido de um para oito deputados, Cotrim de Figueiredo defende que a escolha dos lugares para os deputados na Assembleia da República foi um "arranjinho direto" que "não faz sentido nenhum".

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Beatriz Maio
29/03/2022 12:13 ‧ 29/03/2022 por Beatriz Maio

Política

Assembleia da República

No dia do início oficial da XV legislatura, João Cotrim de Figueiredo, líder do partido Iniciativa Liberal (IL), explicou que "quer o Parlamento europeu, quer boa parte dos parlamentos por essa Europa fora, que têm partidos liberais fortes, sem exceção, estão todos sentados mais ou menos aos centros dos seus parlamentos".

“O tema dos lugares para nós não é o tema mais importante da política”, disse, explicando que “quando se começa uma licenciatura e os lugares estão a ser decididos, nós fazemos dois pontos diferentes". Cotrim Figueiredo esclareceu que o sítio onde os deputados se sentam na AR tem a ver com "o posicionamento ideológico" e, no caso do IL, com o facto de não se reverem "no espectro linear esquerda-direita”. Assim, referiu que, hoje em dia, “há outros valores, que correspondem à forma como os mais jovens olham para a política”, o que, a seu ver, “será uma luta longa”. 

Apontou a distribuição dos lugares como um "problema que se colocou por arranjinho entre o PS, o PCP e o Bloco", sendo que deu conta de que "um partido que tem quase menos 70 mil votos do que o IL tem mais lugares na primeira fila", o que frisa ser "um sinal político, por arranjinho direto, que não faz sentido nenhum”.

Contudo, pensa que "o PS ficou envergonhado com essa falta de tacto, de cedência, para manter os ex-parceiros da gerigonça satisfeitos", o que acredita que será revisto já esta terça-feira na conferência de líderes.

Quanto aos debates quinzenais, o IL argumenta, tal como Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, que é necessário reinstitui-los com a presença do primeiro-ministro, o que salienta ser “absolutamente fundamental”.

De referir que, em relação a 2019, o PS subiu de 108 para 120 deputados, o PSD baixou de 79 para 77, o Chega passou de um para 12 e o IL subiu de um parlamentar para oito. O PCP passou de 12 para seis, o BE de 19 para cinco parlamentares e o PAN de quatro para um. Já o Livre mantém um assento parlamentar.

Leia Também: "Quando os partidos têm problemas é assumi-los", diz Rui Tavares

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