Costa "é refém do povo". A expressão de César (que Marcelo também usou)

Presidente do PS considerou que o primeiro-ministro é "refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu e que serão reafirmados no Programa do Governo".

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Notícias ao Minuto
31/03/2022 20:49 ‧ 31/03/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Carlos César

António Costa "é refém do povo". A expressão é de Carlos César, presidente do Partido Socialista (PS), que, ontem, socorreu-se do Facebook para comentar o discurso do primeiro-ministro na cerimónia de tomada de posse do novo Governo. Já esta quinta-feira, a mesma frase foi usada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

"António Costa esteve muito bem no discurso de posse", começou por elogiar Carlos César, afirmando, em seguida, que "o primeiro-ministro, como em qualquer Democracia e na sequência da renovação expressiva da legitimidade eleitoral do PS, é refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu e que serão reafirmados no Programa do Governo que será submetido ao órgão de soberania a quem incumbe a fiscalização política da atividade governativa - a Assembleia da República".

Para o presidente do PS, o outro discurso da tarde, de Marcelo Rebelo de Sousa, "no que mais se exigia e adequava ao momento que se vive nos planos nacional e internacional e de viragem de página da governação, era expectável".

"Diagnosticou e interpretou, nesse sentido, bem as preocupações maiores face às consequência das crises pandémica e da guerra, que ainda perduram, enfatizando a necessidade do reformismo que se impõe em vários domínios fundamentais para a sustentabilidade futura", apontou ainda Carlos César sobre as palavras do chefe de Estado.

De recordar que, esta quinta-feira, o Presidente da República justificou a polémica em que o seu discurso de tomada de posse do Governo ficou envolto, no qual 'amarrava' Costa ao poder até 2026. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que não foi o Presidente quem colocou esse peso sobre os ombros do primeiro-ministro, mas sim o povo.

"O primeiro-ministro ficou refém do povo português no voto de dia 30 de abril", apontou, usando as mesmas palavras de Carlos César. 

Leia Também: Marcelo fez avisos, Costa deu garantias. A posse do Governo de "diálogo"

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