"Jornalismo não é crime". BE critica extradição e condenação de Assange
"Insistir na extradição e condenação de Assange é ser conivente com as atrocidades reveladas e com as tentativas de as encobrir", acusou Marisa Matias.
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Política Bloco de Esquerda
Marisa Matias, deputado no Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda, recorreu a uma série de publicações na rede social Twitter para criticar a condenação e a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos da América.
"Insistir na extradição e condenação de Assange é ser conivente com as atrocidades reveladas e com as tentativas de as encobrir, além de um ataque tremendo contra o jornalismo e a liberdade de imprensa", referiu a bloquista, na referida rede social.
A este propósito, Marisa Matias criticou diretamente a postura do presidente norte-americano, Joe Biden, a propósito deste caso. "O presidente Joe Biden afirmou que 'o trabalho dos media livres e independentes é, neste momento, mais importante do que nunca'. Biden está a tempo de ser coerente com as suas palavras e retirar as acusações contra Julian Assange", apontou a ex-candidata à Presidência da República.
Insistir na extradição e condenação de #Assange é ser conivente com as atrocidades reveladas e com as tentativas de as encobrir, além de um ataque tremendo contra o jornalismo e a liberdade de imprensa.
— Marisa Matias (@mmatias_) June 23, 2022
Jornalismo não é crime. #FreeAssange pic.twitter.com/uNiqKHPHKl
"Jornalismo não é crime", destacou ainda Marisa Matias, apelando à libertação do fundador da WikiLeaks, acusado de 18 crimes de espionagem e invasão de computadores pelas autoridades dos Estados Unidos da América. 'Liberdade para Assange, já!' - lê-se ainda na série de publicações.
Esta posição de Marisa Matias foi divulgada depois de o governo britânico ter autorizado a extradição deste jornalista para os Estados Unidos da América, onde poderá enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão - pela revelação de abusos perpetrados pelo país na sua base militar em Guantánamo (Cuba) e nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
A justiça britânica tinha já autorizado essa extradição no passado mês de abril, depois de Assange ter sido preso em 2010 por alegados crimes sexuais. O jornalista passou mais de uma década no Reino Unido, a maior parte da qual (entre 2012 e 2019) passada em exílio na embaixada do Equador em Londres.
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