Chega considera que país está "no caos" e Governo é "frágil e fraco"

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, defendeu que o país está numa "situação extremamente difícil", acusando o Governo de ser "frágil e fraco" e de "não precaver" situações como os incêndios, "o caos na saúde" ou nos aeroportos.

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Lusa
18/07/2022 07:06 ‧ 18/07/2022 por Lusa

Política

Estado da Nação

Em declarações à agência Lusa no âmbito do debate sobre o Estado da Nação -- que decorre esta quarta-feira na Assembleia da República --, Pedro Pinto considerou que o país está atualmente "no caos".

"É um país que está a viver uma situação extremamente difícil, uma situação que está no limite. Isto dos incêndios é quase catastrófico (...), o país está literalmente a arder, de norte a sul do país há incêndios em todo o lado, e isto revela apenas que o Governo não precaveu esta situação", afirmou.

O líder do Chega acusou o Governo de falta de prevenção não só nos incêndios, mas também na saúde ou na gestão dos aeroportos, recordando que o primeiro-ministro, António Costa, "não entrou em função há três meses atrás".

Apelando a que se "retirem responsabilidades políticas" da atual situação, Pedro Pinto considerou que o balanço dos primeiros 100 dias do Governo -- que se assinalaram em 08 de julho -- é "muito, muito negativo" e "deixa Portugal em muito perigo".

Em "100 dias, deixaram o país num caos. Eu acho que nunca houve um Governo que, tão rapidamente, deixasse um país no caos como este deixou, e isto revela-se porque é um Governo que nós percebemos que é um Governo fraco: frágil e fraco", criticou.

Pedro Pinto sublinhou assim que o Chega irá "certamente" abordar o tema do "caos nos hospitais" ou dos incêndios no debate desta quarta-feira, mas também a situação que se vive nas "forças de segurança", alegando que, este ano, o "curso da PSP tem muito menos alunos do que no passado, e do que há dois e três anos".

"Estão-se a passar em Portugal várias coisas gravíssimas e este Governo não apresenta soluções para elas. Por isso, nós temos que falar nelas", referiu.

Entre as áreas em que considera ser necessária uma intervenção mais urgente, Pedro Pinto destacou a saúde, sublinhando que "com a saúde dos portugueses, não se pode brincar".

"Na saúde, tudo continua igual: as urgências hospitalares continuam a ficar encerradas, quer de obstetrícia, quer de pediatria. (...) Faltam ambulâncias, morrem pessoas à porta dos hospitais. Não pode acontecer, e isso é aquilo que nós temos que resolver imediatamente, porque é a saúde dos portugueses que está em causa", indicou.

Antecipando as prioridades legislativas do Chega a partir de setembro, Pedro Pinto sublinhou que o seu partido irá apresentar um projeto de revisão constitucional, que deverá propor a reintrodução da prisão perpétua -- uma medida inconstitucional -- ou a redução do número de deputados.

Pedro Pinto referiu ainda que o Chega vai ter "prioridades a nível do ensino", para que se "explique realmente às crianças" a história de Portugal, e no âmbito da revisão das carreiras dos professores e dos agentes das forças de segurança.

Queremos "tornar atrativa, ao fim e ao cabo, quer a profissão de professor, quer a profissão de polícias, como tantas outras profissões em Portugal que, neste momento, não são atrativas e são extremamente importantes para o futuro do país", sublinhou.

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