A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, revelou, esta terça-feira, que o partido irá "pedir os devidos esclarecimentos ao Governo" sobre os apoios aos pensionistas e a forma como está a agir para com os cônjuges vivos que solicitam pensões.
Nas redes sociais, a deputada exclamou: "Mais uma a somar à trapalhada dos 'apoios' aos pensionistas", numa publicação onde chama a atenção para o facto de o Estado "estar notificar os cônjuges sobrevivos que pedem a pensão de sobrevivência" e ainda, nas suas palavras, "a cobrar 'dívidas' de dezenas de milhares de euros, sem a devida fundamentação".
A porta-voz do partido não só alertou para esta questão publicamente como divulgou que o PAN irá interrogar o Governo português sobre o sucedido.
Mais uma a somar à trapalhada dos "apoios" aos pensionistas! @fcancio alerta para o facto do Estado estar notificar os cônjuges sobrevivos que pedem a pensão de sobrevivência e a cobrar "dívidas" de dezenas de milhares de euros, sem a devida fundamentação
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) September 20, 2022
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De recordar que o primeiro-ministro rejeitou, no dia 12, ter usado de qualquer truque ao anunciar o aumento das pensões, entre este ano e o próximo, e disse que o Governo quis evitar um acréscimo de despesa permanente de dois mil milhões de euros.
António Costa sublinhou que, desde 2015, o Governo conseguiu aumentar em 26 anos a capacidade do fundo de estabilização financeira da Segurança Social, mas alertou que, se se aumentassem no próximo ano as pensões de acordo com a fórmula de cálculo em vigor, seriam perdidos 13 destes 26 anos, o que volta a referir o estudo hoje entrado no parlamento.
"O que não poderíamos fazer de forma responsável era ter um ano de inflação absolutamente extraordinário e atípico, como este, e transformá-lo num efeito permanente", afirmou António Costa, em entrevista à TVI/CNN Portugal.
O primeiro-ministro reiterou ainda que o executivo teve duas preocupações na hora de decidir como proteger os pensionistas do aumento da inflação: garantir a recuperação do poder de compra "perdido hoje" e "garantir a sustentabilidade futura da Segurança Social".
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