Ventura deseja que IL se recomponha rápido e devolve críticas a Costa

O presidente do Chega desejou hoje sucessos ao líder cessante da Iniciativa Liberal (IL), esperando que o partido se recomponha rapidamente e devolveu ao primeiro-ministro as críticas que lhe foram dirigidas, acusando-o de "má educação democrática".

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Lusa
24/10/2022 13:53 ‧ 24/10/2022 por Lusa

Política

André Ventura

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura disse ter sido "apanhado de surpresa" com o anúncio feito este domingo de que o deputado João Cotrim Figueiredo vai abandonar a liderança da Iniciativa Liberal.

"Entendo que é uma decisão que poderá resultar mais de conflitos internos e de perturbação interna do que uma decisão unicamente voluntária, do próprio. Conhecendo o João como conheço, sei que não é uma pessoa de conflitos nem de conflitualidade política e provavelmente terá querido pacificar o partido", alegou Ventura, salientando que já existia um "apagamento progressivo" de Cotrim Figueiredo nos debates parlamentares e na intervenção pública.

André Ventura disse que não esperava a candidatura de Rui Rocha, também deputado na Assembleia da República, mas salientou que tem uma "excelente relação" com este dirigente liberal, desejando o melhor ao líder cessante e que a IL "rapidamente se possa recompor".

O presidente do Chega foi ainda questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que afirmou hoje perceber a saída de Cotrim Figueiredo da liderança da Iniciativa Liberal, acusando esta força política de competir com o Chega na má educação democrática e no estilo de luta livre no lamaçal.

"Se alguém se tem pautado pela má educação democrática, e muitas vezes até pela luta no lamaçal e por permitir que o lamaçal aumente em Portugal é o primeiro-ministro António Costa. Ainda agora vimos isto das incompatibilidades, com o enorme lamaçal a aumentar pelo país todos os dias, com suspeitas gravíssimas, com as pessoas cada vez mais desconfiadas, o primeiro-ministro olha para o lado, diz que está tudo bem, e continua. Isso é que é fazer aumentar o lamaçal, não é exigir responsabilidades", argumentou.

Ventura criticou que o primeiro-ministro use "todos os episódios possíveis para atacar o Chega".

"Acho que o primeiro-ministro tinha como objetivo atacar o Chega, acho é que não fica bem quando estamos a falar de outro partido estarmos sempre a colocar os nossos objetivos subliminares políticos nessas declarações. Se queria atacar o Chegam atacava o Chega, não precisava de desvalorizar a IL para atacar Chega", acrescentou.

Leia Também: Chega vai apresentar voto de pesar na AR pela morte de Adriano Moreira

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