Morreu antigo líder do CDS/PP nos Açores, Alvarino Pinheiro

O antigo líder do CDS-PP/Açores Alvarino Pinheiro, dissidente do PSD e deputado regional, morreu hoje na ilha Terceira aos 72 anos, com o presidente do Governo dos Açores a salientar que "prestigiou, e em muito" a autonomia.

Notícia

© cds.parlamento.pt

Lusa
04/12/2022 21:01 ‧ 04/12/2022 por Lusa

Política

CDS-PP

"Recebemos com tristeza, a notícia da morte do Dr. Alvarino Pinheiro. Foi um exemplo de homem de convições que se dedicou à causa pública, enquanto deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e líder do CDS-PP", afirma José Manuel Bolieiro em nota publicada no portal do Governo dos Açores.

De acordo com o presidente do Governo Regional, Alvarino Pinheiro foi "um parlamentar brilhante que prestigiou, e em muito, o parlamento dos Açores na afirmação da autonomia democrática, durante os diversos mandatos de deputado que exerceu, em representação da sua ilha natal, a Terceira, e em prol do desenvolvimento e coesão do arquipélago".

"Tivemos a oportunidade de conviver com o dr. Alvarino Pinheiro e de presenciar o brilhantismo do parlamentar, do homem de discurso eloquente e de raciocínio astuto, cordial nas relações com os seus pares, independentemente da diferença de ideologias e de opções partidárias. Os açorianos têm no dr. Alvarino Pinheiro uma referência do homem inteligente, autonomista convicto, e paladino dos valores da democracia-cristã, afirma José Manuel Bolieiro.

Artur Lima, presidente do CDS-PP Açores, e atual vice-presidente do Governo dos Açores, considerou que Alvarino Pinheiro "deixa uma marca indelével na política açoriana".

"Foi um líder marcante do CDS-PP, tendo desempenhado funções, de entre muitas outras, de vice-Presidente da Assembleia Legislativa Regional e a de presidente da Assembleia Municipal da Praia da Vitória. Foi indubitavelmente um grande autonomista", afirmou Artur Lima.

O antigo líder centrista Paulo Portas considerou que Alvarino Pinheiro "foi um dos políticos mais brilhantes" que conheceu e afirmou que ficará "sempre em dívida perante o apoio sustentado e amigo que deu ao longo de 16 anos de presidência do CDS nacional"

"O Alvarino era um homem excepcional: profundo na análise dos problemas, com abertura a todos na forma de liderar, dotado de um entusiasmante sentido de humor e sempre, sempre com sentido de Estado e amor aos Açores", conclui Paulo Portas numa declaração enviada à Lusa.

Nascido a 22 de abril de 1950 na freguesia de Santa Cruz, no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Alvarino Pinheiro foi um dos fundadores do PSD-Açores, mas acabou por entrar em rota de colisão com Mota Amaral, aderindo posteriormente ao CDS-PP, partido que veio a liderar durante vários anos após a sua adesão em 1992, até abandonar a política ativa.

Foi dirigente regional e de ilha do PSD/Açores, de 1975 a 1983, aderiu ao CDS em 1992, tendo exercido as funções de presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS/PP Açores desde 1996, presidente da Comissão Política Regional do CDS/PP Açores desde 1998, e presidente da Comissão Política da Ilha Terceira do CDS/PP desde 1993.

Alvarino Pinheiro foi ainda membro da Comissão Executiva Nacional do CDS/PP desde 1999, membro da Comissão Política Nacional do CDS/PP desde 1998 e conselheiro nacional do CDS/PP desde 1992, tendo exercido funções de vice - presidente do Congresso Nacional do CDS/PP desde setembro de 2003.

Foi deputado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores desde 1976, da qual foi vice-presidente e presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, professor e consultor económico e financeiro.

Leia Também: CDS/Madeira aposta numa vitória eleitoral coligado com o PSD em 2023

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas