Corrupção? "O que se passou na Defesa merece responsabilidade política"

A bloquista destacou o que se trata de um caso de alegados "ajustes diretos para empresas fictícias".

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© Blas Manuel

Ema Gil Pires
20/12/2022 23:27 ‧ 20/12/2022 por Ema Gil Pires

Política

Bloco de Esquerda

A deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua considerou, esta terça-feira, que o que "alegadamente se passou no Ministério da Defesa - ajustes diretos para empresas fictícias - merece responsabilidade política".

A posição da bloquista foi veiculada através de uma publicação na rede social Twitter, onde acrescentou ainda que a "maneira como o PS trata todos os casos em que está envolvido, com sobranceria e desvalorização, não faz bem à democracia".

As declarações surgem no mesmo dia em que João Gomes Cravinho, antigo ministro da Defesa Nacional e que é, atualmente, o responsável máximo pela pasta dos Negócios Estrangeiros, foi ouvido no Parlamento, no contexto do debate de urgência, requerido pelo Chega, que trouxe à discussão o tema das suspeitas de corrupção no Ministério da Defesa.

A discussão surge no seguimento da operação 'Tempestade Perfeita', desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ), em coordenação com o Ministério Público (MP), e que está relacionada com as obras no antigo Hospital Militar de Belém.

A mesma resultou já em cinco detenções - de três altos quadros da Defesa e de dois empresários, suspeitos da prática de vários crimes de corrupção, abuso de poder, peculato e participação económica em negócio.

O principal rosto por detrás do esquema criminoso seria, alegadamente, Alberto Coelho, na altura diretor-geral de Recursos de Defesa Nacional, que terá lesado o Estado em milhões de euros por via da adjudicação a empresas privadas de prestações de serviços por ajuste direito, violando as regras de contratação pública.

Leia Também: "As pessoas têm direito a salários e pensões que acompanhem a inflação"

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