O dirigente do CDS-PP, Nuno Melo, avançou esta segunda-feira que o partido que lidera "condena veementemente a invasão do Palácio, do Congresso e do Supremo Tribunal ocorrida ontem em Brasília".
A posição foi veiculada por Nuno Melo através de uma série de publicações na rede social Twitter, na qual defendeu que "nenhuma manifestação pode, em alguma circunstância, atentar contra a democracia e o Estado de Direito no Brasil".
Isto, na ótica do líder do CDS-PP, "independentemente de quaisquer razões políticas que justifiquem a contestação ao PT (Partido dos Trabalhadores) e a Lula da Silva".
Como partido defensor da lei e da ordem, o CDS considera que independentemente de quaisquer razões políticas que justifiquem a contestação ao PT e a Lula da Silva, nenhuma manifestação pode, em alguma circunstância, atentar contra a democracia e o Estado de Direito no Brasil.
— Nuno Melo (@NunoMeloCDS) January 9, 2023
O partido de centro-direita veicula esta sua posição ao manifestar-se como um "partido defensor da lei e da ordem" e que é, também, "um dos partidos fundadores da democracia em Portugal" - tendo, por isso, "a defesa do regime e do Estado de Direito no centro da sua ação política".
No domingo, as sedes dos três poderes do Estado brasileiro - o Congresso, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto - foram invadidas e atacadas por apoiantes de Jair Bolsonaro, que nas eleições presidenciais de outubro do ano passado viria a perder para Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse a 1 de janeiro deste ano.
Após o candidato do PT ter sido proclamado vitorioso, recorde-se, os apoiantes do presidente cessante apressaram-se a pedir às forças armadas por um golpe de Estado, de forma a impedir que Lula da Silva assumisse 'as rédeas' do país.
Até ao momento, foram já detidas mais de mil pessoas, suspeitas do envolvimento nesta tentativa de golpe de Estado, segundo a informação avançada pelo jornal 'O Globo'.
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