À entrada para o segundo e último dia de trabalhos da VII Convenção da IL, em Lisboa, a candidata, muito aplaudida na reunião magna no primeiro dia, foi questionada se já trazia um discurso escrito em caso de vitória.
"Sobretudo no coração", disse, apenas.
Já sobre as críticas do presidente cessante, João Cotrim Figueiredo, que a acusou de "falta de hombridade", Carla Castro disse que, "discordando" dessas palavras, hoje prefere concentrar-se no projeto de futuro da IL.
"Os membros liberais têm de escolher o projeto em que mais se reveem", disse, admitindo que no sábado "ouviu a sala" a aplaudi-la, mas hoje será tempo de ouvir os membros, que votarão eletronicamente nos órgãos nacionais.
Carla Castro afirmou que, como integrante da comissão executiva cessante, não só é responsável como tem "orgulho no sucesso da IL".
"O que estamos a propor é continuar tudo o que coreu bem e uma alternativa para a gestão interna do partido diferente", disse.
À entrada para o Centro de Congressos de Lisboa, por volta das 09:00, a candidata preferiu concentrar-se numa mensagem de união, desvalorizando o tom por vezes crispado em que decorreram as intervenções no sábado.
"Estava à espera de ver o que vi, uma energia liberal pronta para ser uma alternativa a Portugal", disse.
À pergunta se se manterá como deputada se não ganhar, a candidata assegurou que prosseguirá o trabalho parlamentar do dia-a-dia "seja qual for" a direção.
"Amanhã o objetivo é estarmos todos unidos a combater o socialismo", disse.
A VII Convenção da Iniciativa Liberal termina hoje no Centro de Congressos de Lisboa, e os cerca de 2.300 membros do partido inscritos na reunião magna vão eleger o sucessor de João Cotrim Figueiredo na liderança do partido, que nas últimas legislativas passou de um para oito deputados.
Na primeira convenção eletiva da história da IL (fundada em 2017), disputam a presidência da Comissão Executiva Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e membros da direção cessante, e o conselheiro nacional José Cardoso.
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