Pedro Nuno Santos? "Foi dos raros que assumiu responsabilidades"
Ana Gomes comenta a recente polémica com o ex-ministro das Infraestruturas. Para a ex-diplomata, Pedro Nuno Santos ainda é "ativo válido" para o PS e "cada vez mais deverá ser".
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Política Ana Gomes
Ana Gomes defendeu, este domingo, o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, sublinhando a sua seriedade por diversas ocasiões: “Foi dos raros que assumiu responsabilidades”.
No seu espaço de comentário na SIC Notícias, disse que "ainda vai correr muita água debaixo das pontes” no que toca ao facto do antigo governante ter, agora, avançado que sabia da indemnização (e do valor desta) dada pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
"Ele diz que reconstituiu a fita do tempo e eu acho que o problema, no fundo, é que a TAP estava a ser gerida como empresa privada, sendo uma empresa paga com dinheiros públicos”, frisou.
Para Ana Gomes, tendo em conta estes factos e a inflação, seria de esperar estas "repercussões tremendas".
A ex-diplomata acredita ainda que Pedro Nuno Santos distingue-se por "assumir os erros" e ter-se "demitido". "É tão raro políticos assumirem os seus erros, que acho que não devemos desvalorizar", advogou, acrescentando que Pedro Nuno Santos ainda é "ativo válido" para o PS e "cada vez mais deverá ser".
Já sobre Fernando Medina, considerou que este está "vulnerável", e este caso das buscas na Câmara de Lisboa não o reforça. Agora, depois da demissão de Pedro Nuno Santos, Medina é "alvo a derrubar".
Recorde-se que o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, confirmou na sexta-feira, dia 20, que deu "anuência política" para a saída da TAP de Alexandra Reis, acrescentando que foi informado "do valor final do acordo" entre as partes.
Num esclarecimento público, Pedro Nuno Santos explicou que, desde que deixou o Governo, em 28 de dezembro, reconstruiu a fita do tempo sobre a polémica saída da ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis da companhia aérea portuguesa, que levou à sua demissão, admitindo que sabia que a indemnização paga tinha sido de 500 mil euros.
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