A líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, sublinhou, esta quinta-feira, que são necessárias políticas de integração e mecanismos legais para que os imigrantes que chegam a Portugal não fiquem em situações de fragilidade.
"A Lisboa que não vem nos roteiros turísticos não se resolve com uma política de portas fechadas! As condições em que vivem os cidadãos estrangeiros mudam-se criando políticas de integração e mecanismos legais que permitam a sua permanência sem ser numa situação de vulnerabilidade", começou por escrever numa publicação partilhada no Twitter.
A deputada única do partido sublinha ainda que a criação destes mecanismos legais não só já foi apontada por forças políticas, como também pelas organizações não-governamentais.
"Há muito que ONGs e forças políticas como o PAN defendem a necessidade de um mecanismo que permita aos imigrantes não ficarem numa situação de fragilidade enquanto esperam pela conclusão do seu processo de autorização de residência", rematou Sousa Real.
A Lisboa que não vem nos roteiros turísticos não se resolve com uma política de portas fechadas! As condições em que vivem os cidadãos estrangeiros mudam-se criando políticas de integração e mecanismos legais que permitam a sua permanência sem ser numa situação de vulnerabilidade pic.twitter.com/XuHMlikBW7
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) February 9, 2023
A publicação vem ainda acompanhada por declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, que refere que Portugal não tem uma política de imigração "digna" em Portugal, mas sublinha que estes têm de vir para o país com contratos de trabalho". "Precisamos de mais pessoas e precisamos desses imigrantes, mas têm de vir para os países com dignidade e têm de vir para os países com contratos de trabalho, não podem vir para os países sem terem nenhuma maneira de subsistir e estarem numa precariedade [...] em situações horríveis", referiu o autarca, na quarta-feira, durante uma reunião pública descentralizada da CML, para audição de munícipes das freguesias de Santa Maria Maior, Santo António, São Vicente e Misericórdia. Durante o encontro foi abordada a "tragédia" do incêndio num prédio na Mouraria, que provocou dois mortos e 14 feridos, e que expôs a falta de condições no acolhimento de imigrantes, inclusive a sobrelotação de habitações.
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