A bloquista Mariana Mortágua falou, na segunda-feira, sobre o futuro do Bloco de Esquerda (BE), após Catarina Martins revelar, na semana passada, que não se irá candidatar novamente à liderança do partido.
"O país assistiu às declarações de Catarina Martins e à comunicação da sua decisão. De resto, o que eu posso dizer é que o Bloco de Esquerda tem tempos e processos internos que têm de ser respeitados", afirmou Mariana Mortágua, durante o seu espaço de comentário no programa 'Linhas Vermelhas', da SIC Notícias.
A possível futura líder do Bloco referiu que as moções políticas vão ser apresentadas até ao final do mês. "O BE é um partido em que as direções se fazem coletivamente em torno de moções políticas, elas são o centro de definição do BE e essas moções estão a ser elaboradas", explicou.
Questionada se terá um 'adversário à altura' na candidatura à liderança do partido, Mariana Mortágua salientou que "sempre houve oposição interna, vários grupos que se organizam que têm diferentes ideias políticas".
"Ainda bem que existe pluralidade e oposição interna [no partido], espero que saiamos todos a ganhar com este debate e que ele acrescente ao destino político do BE. É sempre bom ter esse debate e essa possibilidade, acho que a existência de oposições internas tem essa vantagem, do confronto de ideias e melhores posições", referiu Mortágua.
Recorde-se que a coordenadora do Bloco de Esquerda anunciou que vai deixar a liderança do partido e que não se irá recandidatar na próxima Convenção Nacional bloquista, agendada para 27 e 28 de maio.
Entretanto, no mesmo dia, foi avançado que Mariana Mortágua reunirá consenso interno no partido e será candidata a líder do Bloco de Esquerda. "Um bom nome" para a substituir, referiu a ainda coordenadora do partido, que considerou a sua alegada substituta como "uma pessoa extraordinária".
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