Esta sexta-feira, dia 31 de março, marca-se o Dia Nacional da Memória das Vítimas da Inquisição. A data foi assinalada, hoje, pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, através de uma mensagem em vídeo na rede social Twitter.
A data, é recordado, foi "instituída por Resolução do Parlamento" e "evoca a aprovação da extinção da Inquisição em Portugal, em 1821."
"O dia 31 de março evoca o dia 31 de março de 1821, a data em que as primeiras cortes liberais - o primeiro parlamento português - extinguiram o tribunal do Santo Ofício, declarando que esse instituto bárbaro, esse flagelo da Humanidade, era incompatível com a nova ordem liberal", explica Santos Silva.
O Presidente da Assembleia honra, assim, a "memória das vítimas que a Inquisição fez em Portugal", que a "perseguição religiosa causou entre nós".
"A nossa história é feita de coisas muito boas e também é feita de coisas más. Devemos ter consciência de umas e outras - para continuar as coisas boas que fizemos ao longo dos séculos e para garantir que não repetimos as coisas más", assinala.
E, nas palavras de Santos Silva, "uma das coisas que não se pode repetir é a perseguição religiosa". "É perseguir as pessoas só porque as suas crenças são diferentes das nossas ou só porque entendemos que as suas crenças são inaceitáveis. Isso é incompatível com a dignidade humana".
Assinalamos hoje o Dia Nacional da Memória das Vítimas da Inquisição. A data, instituída por Resolução da @AssembleiaRepub, evoca a aprovação da extinção da Inquisição em Portugal, em 1821. pic.twitter.com/JSTEbsm0Z9
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) March 31, 2023
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