O líder do partido Livre, Rui Tavares, acusou, esta segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, de se contradizer por ter afirmado em 2022 que o aumento das pensões colocaria em causa a sustentabilidade da Segurança Social e afirmou que “não se pode fazer política brincando com a vida das pessoas”.
“Não se pode fazer política brincando com a vida das pessoas. Dizendo em outubro, assustando-as, com uma coisa que é o contrário do que depois se vai dizer no resto do ano. Ou o Governo já tinha dados económicos que lhe permitiam fazer isto [aumento das pensões] ou então o Governo não tinha os números certos e deveria assumir que não tinha os números certos”, começou por referir em declarações aos jornalistas.
O político considerou ainda que “fazer política para os milhões de cidadãos pensionistas e reformados” é fazer com que “tenham previsibilidade” e dizer “com o que podem contar nos próximos anos”.
“O que ainda não está completamente esclarecido é se efetivamente a partir de 2024 a fórmula de cálculo das pensões conta com tudo o que foi aumentando, não só em 2023, mas também com o que ficou para trás em 2022”, destacou.
Rui Tavares defendeu que ainda “os números da Segurança Social têm de ser mais públicos, mais transparentes e mais escrutinados”.
António Costa anunciou hoje, após uma reunião do Conselho de Ministros, um aumento intercalar de 3,57% para os pensionistas em julho, além do pagamento de um ‘cheque’ de 90€ para as famílias mais carenciadas, que começa a ser pago esta quinta-feira, 20 de abril.
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