Alexandra Leitão considerou este domingo que manter João Galamba no Governo foi um erro de António Costa.
A deputada socialista começa por dizer que não conhece "as condições exatas das coisas que se passaram quer no Ministério das Infraestruturas", quer na conversa entre "Galamba e o primeiro-ministro" ou na conversa entre Costa e Marcelo, pelo que se foca nos factos conhecidos. Diz que Galamba continua em funções com "legitimidade formal", mas muito "diminuído" - mesmo que Marcelo não tivesse feito a dura declaração que fez.
A comentadora Alexandra Leitão considera assim, com base no que é de conhecimento público, o ministro das Infraestruturas devia ter sido demitido.
"Aquela conferência de imprensa é muito danosa para a imagem do ministro [Galamba] e aí foi ele que o disse", afirmou no seu espaço de comentário na CNN, frisando as declarações sobre a 'reunião de preparação' com a ex-CEO da TAP.
Por fim, Alexandra Leitão opina que para "um jovem com ambições políticas como João Galamba, é pior ficar no Governo do que sair. Mas cada um sabe da sua carreira".
Como consequências, a comentadora vê duas: uma consequência imediata é o primeiro-ministro ter recuperado "inciativa política com uma posição de liderança". Contudo, a médio prazo, pode ter o "efeito inverso". Outra consequência será a colaboração institucional entre os órgãos de soberania, afirma.
Recorde-se que o país vive mergulhado em polémica desde a 'salvação' de João Galamba, cujo pedido de demissão foi recusado por António Costa, que optou por remar "contra a maré" – chocando mesmo com a posição de Marcelo Rebelo de Sousa.
De notar ainda que a polémica 'estalou' com demissão do ex-adjunto, que acusou o responsável de "querer mentir" à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP sobre a existência de notas de uma reunião entre membros do Governo, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS) e a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, antes da audição da mesma no Parlamento.
Após a exoneração, Frederico Pinheiro ter-se-á dirigido às instalações do Ministério, em Lisboa, "procurando levar o computador de serviço" com informações classificadas, "recorrendo à violência junto de uma chefe de gabinete e de uma assessora".
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