IL quer António Costa "em pessoa" na Comissão de Inquérito da TAP

Rui Rocha, da Inciativa Liberal, quer que o primeiro-ministro esclareça tudo aquilo que sabe sobre o incidente que ocorreu no Ministério das Infraestruturas na noite de 26 de abril.

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Notícias ao Minuto com Lusa
19/05/2023 10:14 ‧ 19/05/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

TAP

A Iniciativa Liberal reagiu, esta manhã, na Assembleia da República, à audição de João Galamba na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) à TAP.

Considerando que há contradições entre o que disse António Costa e João Galamba, relativamente à intervenção do SIS no Ministério das Infraestruturas, Rui Rocha desafiou o primeiro-ministro a comparecer na comissão de inquérito.

Em causa, está o facto de António Costa ter “prestado declarações no sentido de não conhecer a intervenção da SIS”, tendo ontem o ministro das Infraestruturas afirmado que informou o primeiro-ministro "do que havia acontecido naquela mesma noite” de 26 de abril, altura em que o Ministério terá sido palco de violência.

Considerando que há contradições, o deputado anunciou que a Iniciativa Liberal vai entregar um requerimento para que António Costa vá “à Comissão prestar "esclarecimentos sobre aquilo de que teve conhecimento e qual a sua intervenção em todo este processo"

“Desafio o primeiro-ministro para que venha pessoalmente à Comissão de Inquérito da TAP. Sei que pode vir por depoimento escrito […] mas creio que na situação que estamos, a democracia ganharia muito se o primeiro-ministro, num ato de coragem e transparência, viesse em pessoa prestar declarações”, afirmou Rui Rocha.

Questionado se acha que haverá tempo para ouvir Costa na comissão de inquérito, uma vez que os trabalhos já estão todos calendarizados, Rui Rocha salientou que há "uma situação de manifesta incompatibilidade" entre as versões do primeiro-ministro e do ministro das Infraestruturas sobre o seu conhecimento da intervenção do SIS.

"Eu não creio que possamos impedir na secretaria que os portugueses conheçam a verdade. É fundamental, independentemente do tempo, dos trâmites, das circunstâncias burocráticas", indicou.

Nestas declarações aos jornalistas, referiu que Costa decidiu "amarrar o seu futuro político ao futuro político de João Galamba", asseverando que se estão a "afundar um ao outro por decisão de ambos, porque querem que seja assim".

"O que nós temos de fazer é evitar que o país se afunde com João Galamba e com o primeiro-ministro António Costa, que a dignidade que resta nas instituições não se afunde ainda mais com os dois que se estão a afundar", frisou.

Rui Rocha considerou que, atualmente, se está a experienciar "um pântano cada vez mais preocupante na política portuguesa" e, "à medida que esse pântano vai sendo cada vez mais evidente e que as condições de degradação da política e das instituições portuguesas se agravam, a questão da alternativa parece cada vez menos um problema".

"Para o pântano, tem de haver sempre alternativa e haverá sempre alternativa. Queria dizer-lhes que a IL tem dado os passos necessários (...) para fazer parte dessa alternativa e para apresentar um futuro de confiança e de esperança aos portugueses", referiu.

Recorde-se que a polémica remonta a 26 de abril e envolveu denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.

[Notícia atualizada às 11h11]

Leia Também: Ameaças, chamadas e duas novidades: As explicações de Galamba em 8 pontos

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