PCP expressa "total oposição" a privatização da Efacec
O PCP expressou hoje a sua "total oposição" à privatização da Efacec, considerando que não se pode aceitar que, depois de terem sido "investidos e utilizados recursos públicos na empresa", seja agora vendida a um fundo alemão.
© Global Imagens
Política Paula Santos
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, destacou que a Efacec é uma "empresa estratégica em diversos setores", como os transportes, tecnologias, investigação ou energia, e que tem sido "importante para o desenvolvimento do país", em particular para a sua produção nacional e soberania.
"Sobre a decisão do Governo de privatização da Efacec, o PCP expressa a sua total oposição", sublinhou.
Paula Santos considerou não se poder aceitar que, "depois de terem sido investidos e utilizados recursos públicos na empresa, agora o Governo decida a sua entrega a um fundo alemão que vai beneficiar com essa mesma empresa".
Para a líder parlamentar comunista, empresas em setores estratégicos, como a EFACEC, são "importantes para o desenvolvimento do país".
"Aquilo que garante o nosso desenvolvimento é, de facto, o controlo público desta empresa, como o PCP tem vindo a defender", destacou.
O Governo aprovou hoje a proposta da alemã Mutares para a privatização da Efacec, anunciou hoje o ministro da Economia, António Costa Silva.
"Hoje decorreu um Conselho de Ministros eletrónico que seleciona a proposta apresentada pela alemã Mutares para a privatização da Efacec", afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa.
O governante assegurou que a proposta foi "meticulosamente analisada", garantindo que dá ao executivo "conforto" quanto ao futuro e manutenção da Efacec enquanto "um grande projeto industrial e tecnológico".
Costa Silva destacou que a Mutares tem no seu 'core business' (negócio principal) apostar em empresas com dificuldades, apresentando resultados positivos.
Nos últimos anos, a empresa alemã realizou 75 operações deste tipo "com elevado sucesso", apontou, acrescentando que a Mutares conta com uma equipa de 125 pessoas, sobretudo engenheiros.
O titular da pasta da Economia justificou a escolha desta empresa com o projeto industrial apresentado, que mantém também os trabalhadores da Efacec.
"Eles estudaram a empresa e querem apostar no seu desenvolvimento nos mercados alvo para alavancar o seu volume de negócios, nomeadamente a Alemanha e os Estados Unidos", referiu.
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