PCP expressa "total oposição" a privatização da Efacec

O PCP expressou hoje a sua "total oposição" à privatização da Efacec, considerando que não se pode aceitar que, depois de terem sido "investidos e utilizados recursos públicos na empresa", seja agora vendida a um fundo alemão.

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Lusa
07/06/2023 18:31 ‧ 07/06/2023 por Lusa

Política

Paula Santos

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, destacou que a Efacec é uma "empresa estratégica em diversos setores", como os transportes, tecnologias, investigação ou energia, e que tem sido "importante para o desenvolvimento do país", em particular para a sua produção nacional e soberania.

"Sobre a decisão do Governo de privatização da Efacec, o PCP expressa a sua total oposição", sublinhou.

Paula Santos considerou não se poder aceitar que, "depois de terem sido investidos e utilizados recursos públicos na empresa, agora o Governo decida a sua entrega a um fundo alemão que vai beneficiar com essa mesma empresa".

Para a líder parlamentar comunista, empresas em setores estratégicos, como a EFACEC, são "importantes para o desenvolvimento do país".

"Aquilo que garante o nosso desenvolvimento é, de facto, o controlo público desta empresa, como o PCP tem vindo a defender", destacou.

O Governo aprovou hoje a proposta da alemã Mutares para a privatização da Efacec, anunciou hoje o ministro da Economia, António Costa Silva.

"Hoje decorreu um Conselho de Ministros eletrónico que seleciona a proposta apresentada pela alemã Mutares para a privatização da Efacec", afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa.

O governante assegurou que a proposta foi "meticulosamente analisada", garantindo que dá ao executivo "conforto" quanto ao futuro e manutenção da Efacec enquanto "um grande projeto industrial e tecnológico".

Costa Silva destacou que a Mutares tem no seu 'core business' (negócio principal) apostar em empresas com dificuldades, apresentando resultados positivos.

Nos últimos anos, a empresa alemã realizou 75 operações deste tipo "com elevado sucesso", apontou, acrescentando que a Mutares conta com uma equipa de 125 pessoas, sobretudo engenheiros.

O titular da pasta da Economia justificou a escolha desta empresa com o projeto industrial apresentado, que mantém também os trabalhadores da Efacec.

"Eles estudaram a empresa e querem apostar no seu desenvolvimento nos mercados alvo para alavancar o seu volume de negócios, nomeadamente a Alemanha e os Estados Unidos", referiu.

Leia Também: Efacec. "Estado colocou 132 milhões, mais 85 milhões em garantias"

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