IL apresentou a Marcelo "compromisso" do partido com "alternativa"
Iniciativa Liberal diz que "solução do PS não é uma solução que promova a transformação necessária do país" e transmitiu ao Presidente "compromisso com uma alternativa".
© Facebook/Rui Rocha
Política Rui Rocha
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, defendeu, esta segunda-feira, que o partido é a "alternativa" ao Partido Socialista (PS), acusando ainda o Governo de estar "cada vez mais fechado em si mesmo".
O liberal falava aos jornalistas, em Belém, após ser recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e começou por dizer que expressou as preocupações do partido ao chefe de Estado, nomeadamente com a contratação prevista de médicos cubanos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Explicou que esta preocupação não advém da contração em si, "não por se tratar" de médicos estrangeiros, mas "pelos problemas subjacentes que podem estar na "violação de direitos humanos desses profissionais de saúde".
Além disso, Rui Rocha esclareceu que afirmou "ao senhor Presidente o compromisso da Iniciativa Liberal com soluções alternativas"
"A partir do momento em que a Iniciativa Liberal tem uma avaliação de que esta solução do PS não é uma solução que promova a transformação necessária do país, afirmei também ao senhor Presidente o nosso compromisso com uma alternativa", adiantou.
Segundo Rui Rocha, essa alternativa, "alicerça-se, por um lado, no escrutínio" que o partido "tem feito" e continuará "a fazer" da atividade do Governo, dando como exemplo a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, a moção de censura que apresentou ao Governo ou a intervenção no que diz respeito aos Serviços de Informação da República. "Mas, por outro lado também, na afirmação de politicas, de soluções, completamente diferentes daquelas que temos hoje e também, devo dizer, diferentes da que outros partidos estão capaz neste momento de apresentar", disse.
"Portanto, às degradações que nós identificamos, depois opomos confiança, opomos credibilidade e opomos consistência. É disso que o país precisa e é isso que vamos continuar a apresentar", acrescentou, lembrando as propostas do partido, nomeadamente sobre uma nova lei de bases da saúde ou em matéria de fiscalidade.
"É uma afirmação clara de uma alternativa, de uma alternativa corajosa, credível e de confiança, para transformar o pais e dar um futuro diferente aos portugueses", reiterou, apontando ainda que não se pode "admitir" que se preveja que "a geração mais jovem possa ter um futuro pior do que as gerações que procederam" e notando que esse é "um problema político essencial".
O líder liberal criticou ainda "a degradação do próprio Governo e da sua capacidade de ouvir, de receber soluções, de receber propostas". "Nós temos um Governo cada vez mais fechado em si mesmo", considerou, referindo ainda que o país evoluiu de "estagnação para degradação" desde as audiências com o Presidente há um ano.
"Foi uma reunião longa, de pessoas que estão preocupadas com a situação do país, essa é a linha de fundo que está subjacente", disse, recusando, contudo, avançar detalhes sobre quais os pontos em que as preocupações do partido coincidiram com as do chefe de Estado.
De notar que, em maio, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que ouviria os partidos com assento parlamentar em julho "para fazer o balanço da sessão legislativa" e para os ouvir "sobre a situação económica, social e política". Os encontros acontecem antes de uma reunião do Conselho de Estado "sobre a situação portuguesa.
[Notícia atualizada às 19h34]
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