"Não é pelo PS e não será pelo PS nunca que a Região Autónoma da Madeira fica para trás", afirmou o dirigente nacional socialista na Festa de Verão do PS/Madeira que decorre na marginal da freguesia da Madalena do Mar, no concelho da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha.
João Torres garantiu a "profunda solidariedade e confiança" do partido aos socialistas madeirenses, liderados por Sérgio Gonçalves, para o próximo combate eleitoral que decorre em 24 de setembro.
"O PS continuará a apoiar os madeirenses e porto-santenses e procurará respeitar as autonomias e a autonomia da Madeira", sublinhou.
João Torres destacou que o PS se apresenta nas eleições regionais de 24 de setembro como alternativa política à governação do PSD na Madeira, acrescentando que o partido está "aberto à participação de cidadãos independentes e inconformados" com a atual situação no arquipélago.
O dirigente nacional vincou que o PS "não tem duas caras em relação a qualquer relacionamento com forças extremistas, como a extrema-direita", complementando que à semelhança do que aconteceu nas eleições legislativas nacionais, o partido na Madeira "coloca uma linha vermelha" nas Regionais de 24 de setembro.
João Torres defendeu ainda a necessidade de "uma melhor e mais sólida democracia".
Por seu turno, o responsável do PS/Madeira e candidato Sérgio Gonçalves criticou o "poder esgotado" do PSD, que governa a região há cerca de 50 anos para resolver os problemas dos madeirenses.
Também censurou o atual chefe do executivo insular, o social-democrata Miguel Albuquerque, por "atacar diariamente a democracia, quando destrata a oposição" e recusa participar em debates em tempo eleitoral, "porque não tem competência e capacidade para fazer mais e governar melhor".
Sérgio Gonçalves opinou que o PSD/Madeira "continua agarrado como uma lapa ao poder e tudo fará, incluindo aproximar-se a extremismos".
Segundo o líder socialista regional, desde a chegada de Miguel Albuquerque ao poder, em 2015, apesar das suas promessas de renovação "pouco mudou", exceto o facto de o presidente do governo madeirense se ter "tornado um dos políticos mais ricos de Portugal".
O candidato socialista insular enunciou várias das suas propostas eleitorais, como a redução das taxas de IRS e IVA, a valorização de salários, escolaridade obrigatória gratuita, aumento do complemento de idosos em 100 euros por mês, resolver os problemas das listas de espera na saúde e da habitação.
"Temos propostas, recursos e queremos mudar as prioridades", enfatizou.
Sérgio Gonçalves sublinhou que em 24 de setembro, com o seu voto, os residentes na Madeira têm de optar se escolhem um novo Governo Regional que dê resposta aos problemas da região ou "os mesmos de sempre que há 50 anos enriquecem alguns à custa dos madeirenses".
A Festa de Verão do PS, que levou muitas centenas de pessoas à marginal da Madalena do Mar, teve na animação musical como cabeças de cartaz o cantor Tony Carreira e os Calema.
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