Nas perguntas dirigidas aos ministros Pedro Adão e Silva e Ana Mendes Godinho, assinadas pelo deputado Manuel Loff e pela líder parlamentar, Paula Santos, a bancada comunista começa por assinalar que os trabalhadores da TSF vão entrar em greve na próxima quarta-feira, dia 20, por um período de 24 horas.
"De acordo com os trabalhadores, os recursos da rádio têm sido alvo de uma diminuição contínua, não tendo o atual conselho de administração cumprido os compromissos relativos ao investimento e aplicação da proposta de ajustes salariais e aumento do subsídio de refeição retroativo a janeiro de 2023. Referem ainda que nos últimos meses ocorreram casos de atrasos de pagamento do salário", salienta o Grupo Parlamentar do PCP.
Na pergunta dirigida à ministra do Trabalho é questionada sobre as diligências que tenciona tomar o Governo para garantir o cumprimento dos direitos laborais dos trabalhadores.
Já o ministro da Cultura é questionado se o Governo tem conhecimento da situação dos trabalhadores e como avalia o processo que está em curso.
Na segunda-feira, o plenário de trabalhadores da TSF aprovou, por unanimidade, uma greve de 24 horas, no dia 20 de setembro, acusando a administração da Global Media Group de "desrespeito" pelos profissionais da rádio.
Em comunicado enviado às redações, os trabalhadores da TSF consideraram existir uma situação de "reiterado desrespeito" pelos profissionais dos vários setores da rádio por parte da administração, que culminou, na semana passada com o afastamento do diretor de informação, Domingos Andrade.
"Depois de uma diminuição contínua dos recursos da rádio por responsabilidade de várias administrações, constata-se que também o atual Conselho de Administração (CA) não cumpriu os compromissos que assumiu, seja em relação ao investimento, seja pela não aplicação da proposta de ajustes salariais e do aumento do subsídio de refeição retroativo a janeiro de 2023", alegaram.
Ainda de acordo com a nota dos trabalhadores, nos últimos meses "ocorreram casos de atraso no pagamento de salários, situações inadmissíveis agravadas, no caso do último mês, pela total ausência de aviso prévio ou justificação por parte da administração".
"Este padrão de desrespeito pelos trabalhadores ganhou novos contornos com o anúncio da destituição do atual diretor da TSF e nomeação de um novo nome sem que fosse ouvido o Conselho de Redação da TSF", denunciaram.
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