"Destes 15 dias de campanha faço um balanço muito positivo, fizemos contacto com muitas pessoas e todas as pessoas foram muito simpáticas e disseram os problemas que havia na região, tanto na Madeira como no Porto Santo", disse Válter Rodrigues, em declarações à Lusa, no último dia de campanha para as legislativas da Madeira.
Considerando que as sondagens que foram divulgadas nos últimos dias, e que deixam o MPT fora da assembleia legislativa, "não são reais", Válter Rodrigues apelou aos eleitores para que não deixem de votar no domingo.
"As pessoas elegem deputados, não elegem o presidente do Governo [Regional], elegem deputados para defenderem os seus direitos", recordou.
Questionado sobre a possibilidade de a coligação PSD/CDS-PP conseguir alcançar a maioria, o cabeça de lista do MPT classificou a hipótese como "o desastre total".
"Se tivermos maioria absoluta novamente vai ser o desastre total, as pessoas já estão pobres, [...] vão passar a viver de esmolas", afirmou, defendendo que ao fim de quase cinco décadas de governação social-democrata "as pessoas têm de ser capazes de ser felizes e pagar as suas contas".
Entre 2007 e 2015, o MPT estava representado na Assembleia Legislativa Regional com um deputado, mas nos últimos dois atos eleitorais não conseguiu eleger nenhum parlamentar.
Válter Rodrigues, empresário e que se estreou como candidato do MPT em 2019, vai liderar novamente a lista do partido.
O cabeça de lista às eleições de domingo foi o único deputado do MPT eleito para a Assembleia Municipal do Funchal nas eleições autárquicas de há dois anos.
Para o candidato, o desafio agora é "eleger dois deputados e o MPT voltar a ter a representação que já teve no parlamento da Madeira".
Às eleições legislativas da Madeira de domingo concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, os sociais-democratas elegeram 21 deputados e o CDS-PP três deputados parlamentares. O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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